Você sabia que o seu carro também sofre com o frio? Por isso, é importante ter alguns cuidados com o carro no inverno, tomar medidas simples ao longo da estação mais fria do ano evitam que ele apresente algum problema mecânico no meio da estrada, por exemplo. Isso sem falar na despesa extra inesperada para os reparos de emergência!
O carro no inverno não trabalha da mesma forma que em períodos quentes, e pode ter danos no motor, na bateria e na ignição de motores flex, por isso, atente-se bastante aos detalhes que passam despercebidos no dia a dia. E acredite: eles contribuem até para segurança.
Para evitar esse tipo de surpresa, separamos algumas dicas importantes para que o seu carro não te deixe na mão e você ainda possa economizar uma grana com o seu mecânico. O carro no inverno merece muito mais cuidado do que você imagina!
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Em modelos mais antigos e abastecidos com etanol, pode ser difícil dar a partida em dias frios. A gasolina é menos sensível a tais variações por ter um poder calorífico superior, por isso eram instalados reservatórios para dar partida nos carros antigos e isso se manteve em grande parte dos atuais veículos flex.
Nesses veículos, o tanque de gasolina que auxilia a partida é acionado quando são registradas temperaturas abaixo dos 15 graus. Como essa temperatura é rara em algumas regiões, muitos proprietários são negligentes com essa peça do carro no inverno.
Caso a gasolina desse recipiente esteja há muito tempo sem ser utilizada, o ideal é trocá-la por uma nova. Dê preferência a uma com maior octanagem, como as gasolinas premium.
Estas são mais resistente aos efeitos do clima e à passagem do tempo e cumprem com maior eficiência a tarefa de auxiliar a partida do carro no inverno.
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O clima frio pode causar dificuldades à partida por duas razões: a falta de gasolina no reservatório e também a maior viscosidade do óleo lubrificante no motor do veículo.
Dessa forma, são exigidas correntes mais altas da bateria e, quanto maior o número de tentativas para ligar o carro no inverno, maior será o comprometimento do componente.
Caso a carga se esgote, você precisará de ajuda, seja para trocar a bateria por uma nova, seja para plugar a de outro carro na sua para auxiliar na partida do seu carro — técnica tradicionalmente conhecida como “chupeta”.
Para evitar problemas com o carro no inverno, além da manutenção do reservatório de gasolina, procure sempre colocar seu carro em funcionamento.
Além disso, evite deixar componentes eletrônicos ligados após o desligamento do motor e não acione rádio e faróis antes de dar a partida.
Talvez a última coisa que você pense em fazer com seu carro no inverno é ligar o ar-condicionado do seu veículo, mas é preciso lembrar que ele também pode funcionar como aquecedor e essa é uma recomendação que deve ser seguida.
Colocar esse sistema em funcionamento periódico reduz a necessidade de intervenções corretivas, pois ajuda a mantê-lo lubrificado e evita a proliferação de bactérias, que poderiam fazer mal à saúde dos ocupantes.
Doenças respiratórias são um problema clássico do inverno. E a proliferação de vírus e bactérias no carro no inverno deve-se, na maioria das vezes, à falta de higienização dos sistemas do aquecedor e do ar-condicionado.
Como o Brasil é um país predominantemente marcado por temperaturas mais elevadas, o aquecedor do carro cai em desuso na maior parte do ano.
Com a chegada do inverno, os contaminantes externos acumulados no filtro de ar acabam se espalhando por todos os cantos do carro, podendo gerar uma série de problemas respiratórios ao motorista e sua família.
O mesmo acontece com o ar-condicionado automotivo. Para evitar o acúmulo de impurezas e manter o sistema lubrificado, o ideal é ligar o aparelho periodicamente por alguns minutos, inclusive no inverno.
A higienização do ar-condicionado automotivo deve ser realizada em média a cada seis meses e é aconselhável verificar a necessidade da troca do filtro neste mesmo intervalo.
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Pode ser que você não se lembre de algumas das leis da física, mas a temperatura do ambiente é capaz de alterar a pressão e o volume dos gases, e isso pode afetar a calibragem dos pneus do seu carro no inverno.
Opte por manter a calibragem que está acostumado a colocar, exceto se houver recomendação do fabricante em sentido contrário, pois nessa hipótese o recomendado é segui-la.
A calibragem deve ser feita com os pneus ainda frios, isso é, sem que se tenha rodado muito com o carro antes. Faça isso no posto de combustível mais perto da sua casa, de preferência.
Manter os pneus calibrados aumenta a vida útil, melhora a dirigibilidade do carro no inverno e também ajuda a economizar combustível, pois será feito menor esforço mecânico para a rodagem.
O inverno costuma gerar consequências que afetam a visibilidade para o motorista, como o embaçamento do para-brisa.
Este item pode colocar a segurança dos ocupantes e de terceiros em risco. Uma das formas de reduzir as chances de acontecer um acidente é manter as peças que podem atuar contra esse problema em boas condições.
As palhetas ajudam a desembaçar o para-brisa em algumas situações, assim como o ar quente emanado do painel do veículo, que também deve estar em pleno funcionamento.
Quanto às palhetas, além do acionamento eletrônico regular, as borrachas que ficam em contato com o vidro também devem estar em boas condições.
O inverno pode agravar o ressecamento e a perda da eficiência. O transtorno e os perigos são ainda maiores para quem terá que dirigir na chuva.
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A neblina dos tempos frios carrega muita sujeira para o carro no inverno. E, por isso, é muito importante estar com o reservatório de água sempre cheio, de preferência misturado com algum detergente próprio, que auxilia numa limpeza mais eficiente.
É importante levar o seu carro periodicamente para a realização da manutenção no mecânico. Ele é o profissional apto a prestar os reparos e avaliar as peças que podem estar danificadas em razão do frio ou simplesmente pelo uso excessivo ao longo do tempo.
Quando feitas regular e preventivamente, as revisões ajudam a evitar maiores gastos gerados por componentes quebrados, como o entortamento das válvulas em razão do rompimento da correia dentada do motor.
Por isso, embora signifique um gasto no primeiro momento, é esse cuidado que fará com que você economize dinheiro e cumprirá a função mais importante: garantir a sua segurança e também a de quem anda com você.
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O etanol exige temperaturas mais elevadas do que a gasolina para mudar seu estado físico durante a queima e assim garantir o acionamento do motor do carro no inverno.
Justamente para solucionar este problema, existe o reservatório de partida a frio ou, em alguns carros mais novos, o sistema Flex-Start, que aquece eletronicamente o etanol.
No caso do reservatório de partida a frio, o abastecimento com gasolina garante a partida do carro mesmo em dias mais frios, pois injeta o combustível extra diretamente na câmara de combustível para que ocorra a combustão.
O problema é que muita gente acaba se esquecendo da existência do tanquinho no decorrer do ano e isso pode comprometer seu funcionamento. Como o Brasil é um país de temperaturas predominantemente mais quentes, o reservatório de partida a frio se faz desnecessário na maior parte do ano.
Se o tanque de partida a frio fica sem uso por muito tempo, o combustível em seu interior pode estragar. Fora isso, a bomba do reservatório também pode queimar, em caso de muitas tentativas de dar a partida com o reservatório vazio (acionamento a seco).
Já se o veículo não tiver tanquinho, há menos que o motorista pode fazer para se safar da situação problemática.
Da mesma forma que os carros com tanquinho, o sistema elétrico e de partida devem estar em boas condições. Nesse caso, serão até mais exigidos nos dias mais frios.
Os carros mais modernos, costumam ter sistemas de partida a frio que aquecem os bicos injetores para facilitar a vaporização do etanol. Esse aquecimento vai depender da energia elétrica. Os que têm injeção direta, nem de aquecimento precisam: a alta pressão do sistema já se encarrega da partida.
Carros com injeção eletrônica dispensam aquele velho hábito de “esquentar o carro” de manhã, já que a função da injeção eletrônica é justamente esquentar o motor para você.
Contudo, em dias mais frios, é melhor dirigir com mais cautela nos primeiros minutos para dar tempo da injeção eletrônica realizar seu trabalho e garantir que o motor atinja sua temperatura ideal de funcionamento sem forçar seu uso.
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As mangueiras do motor não resistem ao frio extremo e podem ressecar mais rapidamente no inverno. É fato que mangueiras bem cuidadas podem durar 15 anos ou mais. Porém, as mangueiras do carro podem estragar facilmente se tiverem contato com algum produto impróprio ou forem manuseadas incorretamente.
Inclusive, por se tratarem de itens de suma importância para o carro – já que fazem o transporte de água, ar, combustível e óleo -, é recomendável checar o estado das mangueiras caso você compre um carro usado a fim de garantir maior segurança.
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É verdade que, durante o inverno, as noites são mais longas. Isso acontece porque o sol se afasta da linha do Equador – mesmo motivo pelo qual a temperatura cai durante nosso inverno.
Portanto, é indispensável verificar se todos os itens de iluminação do carro estão funcionando em perfeito estado, já que você precisará deles por mais algumas horas.
Faróis, lâmpadas de sinalização, luzes traseiras, de condução e de freio merecem atenção redobrada para garantir maior segurança durante suas viagens, principalmente na estrada.
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Muita gente não sabe, mas o inverno é um vilão para a pintura do carro. A estação caracterizada pelo clima seco e baixas temperaturas exige alguns cuidados especiais para preservar a pintura do veículo.
Geadas e nevoeiros carregam uma certa quantidade de poluição e podem gerar um desgaste da pintura, removendo o brilho da carroceria por completo.
Uma opção para proteger a pintura do carro no inverno e evitar a desvalorização do mesmo é estar com o polimento automotivo em dia e realizar as lavagens somente com sabão de pH neutro.
No frio ou no calor, faça chuva ou faça sol, um carro bem cuidado é sempre um carro valorizado.
Manter o carro em uma garagem, por exemplo, ajuda a deixá-lo menos suscetível à influência do frio. Isso pode ajudar com que ele dê a partida mais facilmente pela manhã, por exemplo.
Quem guarda o carro em garagens fechadas corre muito menos risco de ver o capô do seu carro ficando sem verniz. Mas algumas dicas simples são fundamentais e permitem que carros parados em locais abertos possam suportar as baixas temperaturas.
Se o carro costuma passar muito tempo ao ar livre, lembre-se de sempre tratar a lataria do carro com cera polidora, para que esta não perca o brilho. A frequência varia mas uma vez a cada lavagem é um bom tempo.
Nunca, em nenhuma hipótese alguma, jogue água quente sobre o para-brisa do carro. Nem mesmo nos vidros laterais que tiverem algum sinal de terem sofrido geada. Isso pode, além de derreter o gelo, trincar ou mesmo rachar o vidro, o que dá prejuízo e multa.
Sempre que possível, em dias com previsão de geada, cubra seu carro com uma capa protetora de lona ou algo que o valha. Isso ajuda em muito a evitar o desgaste da lataria e dos vidros.
Outro cuidado que o motorista deve ter com o carro no inverno é com as velas de ignição. Se o carro não pegar na primeira tentativa, não se recomenda que continue tentando, pois a ação pode causar encharcamento das velas.
O mais recomendado, nesses casos, é desligar o carro e aguardar um tempo até que o combustível evapore por completo. Se o carro continuar não pegando, talvez seja necessária uma visita ao mecânico.
Cada fabricante recomenda um tempo diferente para a troca das velas de ignição. No entanto, a recomendação geral é realizar a troca a cada 10 mil quilômetros rodados. Se as velas apresentarem cor escura, pode indicar excesso de combustível ou presença de óleo na câmara de combustão.
Em regiões mais frias, é importante não descuidar do fluido do radiador. Além de ajudar no calor, o fluido – e não água de torneira – ajuda a manter a temperatura ideal. Se morar em regiões muito frias, é aconselhado o uso de anticongelante, para garantir que o fluido não irá solidificar dentro do sistema.
O líquido correto altera o ponto de ebulição e congelamento da água, o que evita que a ela ferva ou congele. Então, nada de colocar só água da torneira no sistema.
Já deu para perceber que o sistema de partida é comprometido com o frio. Com o motor de arranque não é diferente. Para tal, fique de olho em itens como bendix e escovas que podem apresentar defeitos no inverno.
Por outro lado, como o afogador é mais requisitado nos meses mais frios, vale a pena verificar o carburador quando a estação começar.
Também é importante ter muitos cuidados na estrada no inverno, com bastante ênfase na direção defensiva, cujos ensinamentos que o motorista não pense somente em não cometer seus erros, mas também considere os possíveis erros dos demais condutores.
Nos dias de inverno, é comum termos dias com neblina. A chegada do inverno aumenta também a frequência de neblina e nevoeiro nas estradas, fenômeno decorrente da formação de nuvens em uma distância mais próxima da superfície terrestre.
Em situações como essas, a visibilidade horizontal é menor do que 1 km, o que redobra a importância de manter uma direção segura em relação ao carro da frente, além de evitar dirigir em altas velocidades.
Dirigir na neblina também pode trazer problema com vias escorregadias, o que também ressalta a importância de conduzir seu veículo com bastante prudência e atenção.
Em épocas de muito frio, aqueça as molas do caminhão para não as quebrar. No frio, elas ficam mais enrijecidas e se forem muito exigidas quando ainda estão frias, elas correm o risco de se romper.
Ao sair pela manhã, coloque o caminhão ou ônibus para andar devagar, fazendo com que elas se aqueçam aos poucos.
Fazendo isso, ajudará ainda o motor, o câmbio e os amortecedores. Vale lembrar que os óleos têm sua máxima eficiência de lubrificação quando estão aquecidos.
Outro cuidado é com as velas aquecedoras. Como a denominação sugere, sua função é aquecer o ar na câmara de combustão ou na pré-câmara, proporcionando condições otimizadas para inflamar o combustível injetado.
A peça facilita a partida em dias frios, evitando falhas de funcionamento, além de reduzir o nível de emissão de poluentes e fumaça branca enquanto o motor não atinge a temperatura ideal de trabalho.
Veículos e equipamentos a diesel podem ainda enfrentar uma situação mais preocupante nas regiões mais frias do país: o congelamento do diesel.
Isso é algo que altera as características originais do diesel, comprometendo o bom funcionamento do equipamento e até impossibilitando a sua partida. É por isso que você deve ficar atento ao ponto de fluidez do diesel.
O ponto de fluidez é a menor temperatura que um diesel pode chegar mantendo-se fluido, ou seja, antes do seu estado de congelamento. Esse ponto de fluidez varia de acordo com qualidade do diesel, a procedência do biodiesel presente no diesel e os aditivos presentes neste combustível.
Quando exposto a baixas temperaturas, o diesel tende a parafinar, ou seja, formar cristais parafínicos que causam entupimentos em filtros e falhas de ignição.
Um diesel congelado é mais espesso e pesado, o que também dificulta a combustão do motor, afeta sua potência e até pode causar parada total do equipamento ou veículo.
O diesel se transformará em um gel em temperaturas de -6 °C a 18 °C. O motor não arranca porque o combustível está congelado. Se estiver em uma área com temperaturas abaixo dessa faixa, procure um posto de gasolina que use aditivos no diesel para abaixar o ponto de congelamento do combustível.
O que faz o motor funcionar ao dar partida são os vapores do combustível e não ele em estado líquido. No frio, o etanol não produz esses vapores em quantidade suficiente, por isso é necessário o sistema de partida a frio.
Uma das principais preocupações de quem tem um carro é o seu consumo de combustível. Dependendo de diversos fatores, este consumo pode ser maior ou menor, como hábitos de direção, problemas no funcionamento do motor, trânsito lento, e até mesmo a temperatura externa.
Muitos motoristas acham que, em dias mais frios, o consumo de combustível aumenta consideravelmente, gastando-se mais com abastecimento nesse período.
E, realmente, isso acontece e não é um boato. Alguns são os motivos que relacionam o frio ou o inverno com o aumento do consumo de combustível, entre eles são:
O aumento do consumo de combustível gira em torno de um acontecimento que deixa o ar dos motores ficar mais denso por causa do frio. Em dias assim, o ar fica bem mais denso, ou seja, tem mais moléculas no mesmo espaço.
Com o ar mais denso, o carro vai precisar de mais injeção de gasolina para que ocorra a combustão e o motor funcione.
Já os carros abastecidos com álcool, precisam de uma temperatura mínima de 25 °C para sofrer o processo de combustão, por isso sofrem ainda mais com os efeitos do frio.
Além de provocar o aumento da necessidade de injeção, que provoca maior gasto de combustível, o frio também influencia diretamente na pressão dos pneus, que cai 1% a cada 6 °C, o que aumenta o atrito de rolamento e, consequentemente, força mais o carro gastando mais combustível.
Com o frio, o motor também precisa gastar muito mais energia para chegar à temperatura normal de trabalho e funcionar em perfeito estado.
Com isso, aumenta-se o atrito, gerando-se mais desgaste ao motor e, por consequência, maior consumo de combustível.
Para diminuir o consumo de combustível, muitas ações podem ser colocadas em prática:
Além disso, mantenha sempre a manutenção do seu carro em dia. Os filtros de ar e de combustível, as velas e cabos de vela, o alinhamento e balanceamento influenciam no consumo.
Por último, tome cuidado com a qualidade do combustível. Encontre um posto de confiança para não correr o risco de abastecer com combustível adulterado que, além de aumentar o consumo, ainda prejudica o funcionamento do carro.
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