O calor, a superexposição ao sol e altas temperaturas prejudicam o carro e a saúde do motorista. A exposição e impacto do calor no carro traz uma série de danos para o automóvel e para seus condutores, uma vez que o veículo parado pode chegar a 70ºC no interior do veículo.
Poucas pessoas sabem que o impacto do calor no carro pode afetar a mecânica e outros sistemas do veículo. É claro que os carros vendidos no Brasil são testados sob condições severas de temperatura.
Mas os excessos e a falta de zelo na manutenção podem comprometer o ideal funcionamento de alguns sistemas.
Como o sol nasce para todos e os índices de raios UV continuam elevados, devemos criar alguns hábitos para proteger o impacto do calor no carro.
Leia também: Sistema de arrefecimento do motor: Entenda o que é e Como funciona.
Mesmo que o carro tenha resistência para aguentar climas quentes, não é para sempre. Com o passar do tempo os componentes serão danificados com o impacto do calor no carro, portanto, conservar o seu veículo é muito importante.
Um dos motivos é que a temperatura interna chega a dobrar em relação à externa dependendo do tempo em que o veículo ficou exposto ao sol.
O calor e a exposição ao sol prejudicam o interior do veículo, como partes de plástico, bancos e carpetes. No caso do painel – quando exposto a uma temperatura de 35°C, pode atingir 65°C, logo a borracha pode apresentar ressecamento com o tempo e as partes plásticas podem ficar até esbranquiçadas com o impacto do calor no carro.
Em bancos, os tecidos podem ficar desbotados e no caso dos de couro, podem ressecar e deteriorar outros itens de acabamento e borrachas de vedação. Dependendo do tipo de plástico usado em alguns componentes, a ação do sol também pode causar rachaduras na peça.
Veículos das cores preta, azul, verde e vermelha são os que mais sofrem com calor, pois absorvem muito mais energia.
Assim, a pintura para esses carros fica mais comprometida com a exposição a altas temperaturas que acaba desgastando a pintura e a deixando sem brilho e em alguns casos até quebradiça, o que acaba desvalorizando o veículo e causando transtorno para manutenção.
O impacto do calor no carro também deixa as borrachas ressecadas, dessa forma elas vedam portas e outros componentes com menos eficiência.
Os plásticos ficam quebradiços e viram fonte de ruídos indesejados, há casos nos quais a lente dos faróis se torna opaca, prejudicando a iluminação à noite.
O sistema de arrefecimento do motor precisa do ar externo para fazer o resfriamento da água que corre pelos dutos. Se a temperatura externa estiver muito elevada, a eficiência do resfriamento pode ficar comprometida.
Para manter o sistema em condições ideais de funcionamento, é preciso verificar a bomba d’água, o estado das mangueiras (que não podem ter furos ou rachaduras), a válvula termostática e o radiador, que se estiver sujo ou amassado pode dificultar a passagem do ar e o resfriamento da água.
Vale lembrar que o sistema de arrefecimento deve passar por limpeza a cada dois anos ou 30 mil quilômetros, em condições normais de uso.
Carros que trafegam em condições severas (muita poeira, areia e minério) exigem limpeza em períodos mais curtos.
Uma cena muito comum é ver o frentista do posto completando o reservatório do sistema de arrefecimento apenas com água, muitas vezes de procedência duvidosa.
Isso não é o suficiente para evitar o superaquecimento do motor e pode resultar em danos ao sistema, como ferrugem. O correto é repor o aditivo especificado pelo fabricante do carro.
Esses líquidos têm funções como evitar a corrosão do sistema, impedir a incrustação de sujeira e aumentar o ponto de ebulição da água.
Eles podem ser encontrados já preparados para o uso ou em forma concentrada. Se você for fazer a mistura, o correto é usar 40% de aditivo e 60% de água.
Quanto mais desgastado ou desregulado, maior a chance de o motor apresentar problemas de superaquecimento com o impacto do calor no carro.
Se estiver “fraquejando”, com pouca potência ou queima excessiva de óleo, podem ser indicativos de que está em situação grave.
E trafegar com o carro nessas condições em trânsito pesado ou subindo serras em dias de sol a pino, aumenta as chances de pane. Por isso, é importante fazer a revisão periódica do motor, mantendo-o sempre regulado e em boas condições de funcionamento.
Um detalhe importante que não pode ser esquecido é a temperatura ideal de funcionamento do motor. Para verificar, basta ficar de olho no painel, mais especificamente no marcador de temperatura do motor.
E a temperatura ideal varia de carro para carro, mas, na média dos modelos oscila de 90 a 97 graus. Mas, se o ponteiro se aproximar demais da região marcada em vermelho, é melhor parar, pois o motor pode estar prestes a superaquecer.
Uma das consequências dos dias de muito calor é o uso excessivo do ar-condicionado, que consome bastante energia. Por isso, é bom verificar se a bateria e o alternador estão em bom estado.
Verifique também o filtro e o gás do ar-condicionado, para que funcione de forma adequada, sem forçar o sistema e gastar energia à toa.
Leia também: Manutenção de ar-condicionado automotivo: Entenda Por Que é Importante e Como Fazer.
Na hora de comprar o carro, a escolha da cor é de extrema importância, pois, dependendo da opção, nos dias de calor intenso você pode ter um arrependimento profundo.
É que as cores mais escuras, como o preto, absorvem mais os raios solares, irradiando para o interior da cabine, que se transforma em uma verdadeira sauna.
Já as cores claras refletem os raios solares, dessa forma o impacto do calor no carro é menor. A diferença de temperatura no interior de um automóvel preto para um branco, estacionado ao sol, pode ultrapassar os 10 graus.
Uma solução para evitar esse tipo de problema é procurar estacionar o carro sempre na sombra.
A primeira dica é óbvia, porém o resultado é garantido: evite estacionar sob o Sol, assim o impacto do calor no carro será muito menor. Se possível, estacione sempre em local coberto ou em vaga com sombra.
Em relação aos bancos e outros revestimentos internos, se estes forem de couro, uma recomendação é hidratá-los regularmente com produtos específicos para que sofram menos o impacto do calor no carro.
Se os assentos forem de couro, pode-se usar produtos específicos para hidratação. Sendo de tecido, a aspiração com frequência não deixa acumular resíduos, então a fricção do tecido do banco com a roupa torna-se menos agressiva.
Para isso, existem empresas especializadas na higienização do interior de veículos.
Leia também: Como preservar e recuperar as partes plásticas do veículo.
A exposição prolongada ao Sol, combinada com sujeira, como respingos de asfalto e cocô de pássaros, pode trazer manchas e danos à pintura.
Antes de pegar a estrada, a recomendação é fazer a limpeza externa, com aplicação de cera ou de selante sintético de qualidade. Isso ajuda a repelir a água e colabora para que insetos e sujeira não ‘grudem’ na pintura.
Para quem quiser proteção ainda maior, há a vitrificação, que requer que antes a pintura de carro passe por polimento. Essa técnica além de reduzir o impacto do calor no carro, também é recomendada caso a pintura já apresente algum sinal de desgaste.
Embora tecidos e plásticos internos já tragam, nos carros mais recentes, agentes de proteção contra os raios ultravioleta, películas escurecidas também ajudam a filtrar os raios UV, e a diminuir o impacto do calor carro e controlar a temperatura dentro do automóvel.
Há quem as adote por motivo de segurança, mas as películas são muito indicadas para proteger o interior do veículo da radiação solar.
As de boa qualidade têm filtros UV que reduzem o impacto calor no carro e protegem a sua pele do Sol durante a viagem, além de facilitar o trabalho do ar-condicionado.
Mas fique atento aos limites de escurecimento dos vidros definidos em lei. Eles são válidos para o conjunto vidro e película, não à película isoladamente.
É recomendável inclusive a película no para-brisa, mesmo que mais clara, para proteger o painel e volante. Com ela você pode retirar a toalha ou protetor de papelão ao estacionar sob o sol.
Leia também: Película de Segurança ou de Proteção Solar?
Produtos mais agressivos danificam borrachas e plásticos, que ficam ressecados e perdem a elasticidade e a eficiência. Se for usado em plásticos, a reaplicação com bastante regularidade acaba se tornando obrigatória para manter o brilho, sob pena de o material ficar com aspecto opaco e fosco.
As temperaturas elevadas e os raios solares ultravioletas podem causar manchas e reduzir a vida útil da pintura do seu veículo, podendo ocorrer até rachaduras.
Para evitar que isso aconteça, procure encerar o carro, com uma cera adequada, e de aplicar o espelhamento automotivo pelo menos uma vez ao mês. Assim seu caro estará limpo por mais tempo, lindo e mais protegido.
Além de cuidar do veículo exposto ao calor, o próprio motorista deve estar atento à saúde ao dirigir em dias quentes. O cuidado principal é ao entrar no carro.
Para diminuir o impacto de calor no carro e as temperaturas elevadas, o recomendável é abrir as portas e deixar o ar externo circular por cinco minutos pelo menos antes de dirigir.
Um erro comum é ligar o ar-condicionado logo ao entrar no veículo quente. O ideal é conduzir o automóvel com os vidros abertos para a troca de ar e, em trajetos curtos, desligar o ar pouco antes de sair do veículo e andar com os vidros abertos, para evitar choque térmico.
O principal cuidado no verão diz respeito à limpeza do automóvel. Jamais lave o carro durante um dia quente, diretamente sob o sol, pois os raios prejudicam a pintura da lataria e o impacto do calor no carro será ainda maior.
O primeiro passo, ainda antes de começar a lavagem, é certificar-se de que a carroceria e o motor estejam frios, para evitar choques térmicos. Esse cuidado também evitará que o sabão seque e deixe manchas na lataria automotiva.
O sol forte também pode ressecar as borrachas de guarnição, ocasionando rachaduras que comprometem a estética do veículo e podem, inclusive, afetar o padrão de vedação dos vidros.
Para esse problema não tem outro jeito: a saída é caçar uma vaga com sombra para estacionar o veículo.
A maresia e a areia também são grandes vilãs. Por isso, quem costuma ir à praia precisa lavar o carro com mais frequência.
Tenha atenção especial com as palhetas do limpador de para-brisa. Se estiverem corroídas, podem prejudicar a visibilidade em dias de chuva. Aditivos especiais para o fluido dos lavadores aumentam a vida útil das palhetas.
Checar os líquidos do veículo é importante o ano todo, mas no verão a atenção deve ser redobrada. Observar o nível de água e aditivo do radiador é a regra número um.
Fique de olho também nos níveis do fluido do freio, da direção hidráulica, do sistema de arrefecimento do motor, dos lavadores do para-brisa e do vidro traseiro, do óleo do motor e do câmbio.
Tanto para a rodagem na cidade quanto na estrada, é aconselhável ter o sistema de resfriamento em dia, para evitar superaquecimento, um problema muito recorrente em dias mais quentes.
Refrescar o veículo é ótimo, mas é preciso saber o melhor momento de usar o ar-condicionado. Para curtas distâncias na cidade, não vale a pena. Na estrada, porém, deixar a janela aberta gasta mais combustível, pela pressão aerodinâmica do vento.
Se o carro ficou sob o sol forte, o ideal é andar três minutos com a janela aberta antes de ligar o equipamento. Assim, o ar frio toma o lugar do quente e o impacto do calor no carro será menor.
Não esqueça de revisar a limpeza do sistema, em especial se o ar ficou desligado por muito tempo.
O estofamento é a parte que demonstra mais rápido os efeitos da exposição ao sol, como descoloração e manchas. Para evitar esse danos, uma boa alternativa é proteger os bancos com capas. Para as áreas plásticas, a dica é utilizar uma proteção sanfonada no painel.
O atrito da borracha contra o solo é mais intenso em dias quentes. Por isso, deve-se observar o desgaste dos pneus e manter a calibragem recomendada. Encha os pneus quando frios. O calor aumenta a pressão e dificulta o processo.
Como nem sempre é fácil encontrar uma sombra para estacionar, invista na compra de painéis refletores que diminuirão a entrada da luz solar e o impacto do calor no carro.
Problemas de bateria nem sempre ocorrem no inverno. De fato, o calor do verão pode ter um impacto mais negativo na bateria do que o frio do inverno.
Calor e vibração são os piores inimigos de uma bateria, causando avaria interna e eventual falha. Embora você não possa fazer muito a respeito do calor, verifique se a bateria está montada com segurança para minimizar a vibração.
Os sistemas de refrigeração protegem os motores contra superaquecimento e devem ser lavados periodicamente, conforme recomendado pelo fabricante do veículo. Entre as descargas, verifique se o líquido de arrefecimento está cheio no nível adequado, verificando o reservatório de transbordamento.
Apesar de ser um acessório prático, é preciso ter um cuidado maior na hora de cobrir o carro. Se o veículo estiver molhado ou a capa possui rasgos que permitem a passagem do sol, chuva, ou sereno é possível que surjam manchas na lataria.
Existem poucas opções de capas térmicas no mercado com material interno revestido para evitar arranhões. Ideal para quem não possui garagem coberta, a capa protege a pintura e as partes internas do veículo.
Pronto, agora você já sabe que o impacto do calor no carro pode prejudicar o seu carro e aprendeu como proteger o seu veículo.
Aproveita e envia esse artigo para aquele seu amigo que ainda não sabe como proteger o carro nos dias quentes.
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Leia também: 14 Dicas Automotivas Importantes para manter o seu carro em Perfeito Estado.
5 Comments
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