Você já se perguntou por que alguns carros são baratos para comprar caros para manter? Se sim, saiba que você não está sozinho.
Este é um dilema comum enfrentado por muitos consumidores que estão em busca de economia na hora da compra. O preço baixo pode ser irresistível, mas é fundamental olhar além do custo inicial.
É crucial entender que o valor de aquisição é apenas uma parte da equação financeira.
O que muitos não consideram são os custos ocultos que vêm com a compra de um veículo e que podem transformar um sonho em um fardo.
Por isso, antes de fazer qualquer investimento em um automóvel, é prudente realizar uma investigação minuciosa e tomar decisões financeiras bem ponderadas.
Isso garantirá que você escolha um carro que seja não apenas acessível para comprar, mas também para manter. Neste artigo, vamos explorar os fatores que tornam alguns carros baratos para comprar e caros para manter a longo prazo.
Além disso, vamos abordar tópicos como consumo de combustível, custo de seguro e peças de reposição para dar uma visão completa do que significa possuir um carro “barato”.
Aperte os cintos e prepare-se para uma jornada informativa que poderá salvar você de futuras dores de cabeça.
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De difícil já bastam as estradas esburacadas, então, na hora de comprar um veículo novo ou trocar o seu modelo antigo é importante estar atento aos modelos que mais apresentam problemas e se livrar de uma possível dor de cabeça.
Pra te dar uma mãozinha nessa escolha, separamos uma lista com cinco carros que os mecânicos dizem ser campeões de problemas. Assim, você já sabe quais evitar!
Especialistas apontam que este modelo enfrenta complicações no sistema de resfriamento e causa episódios de superaquecimento do motor.
Além disso, a escassez de peças de reposição no mercado desde a saída da fábrica da Ford do Brasil tornam o processo de reparo não apenas demorado, mas também mais oneroso para o proprietário do veículo.
Este modelo é conhecido pela sua suspensão frágil. Os mecânicos enfrentam desafios para adquirir peças de reposição, uma vez que estas são fornecidas pela fabricante.
Isso pode resultar em atrasos e custos adicionais para os motoristas que precisam de reparos.
O excesso de tecnologia embarcada parece ser o ponto fraco deste modelo. Com múltiplos sistemas computadorizados, o carro é suscetível a uma variedade de falhas eletrônicas.
A falta de informações técnicas disponíveis para solucionar esses problemas complica ainda mais a situação. Além disso, o modelo também apresenta diversos problemas conhecidos no seu sistema de suspensão.
Este modelo é outro que sofre de uma carência de informações técnicas para reparos, o que restringe os serviços de manutenção às concessionárias autorizadas.
Isso pode resultar em custos de manutenção mais elevados para os proprietários. Além disso, o motor do Clio também é conhecido por sua fragilidade, tornando-o propenso a avarias.
A eletrônica do 207 torna os consertos um quebra-cabeça e gera ainda mais complicações e para piorar, a montadora carece das informações necessárias para resolver os problemas do veículo.
E não para por aí: as peças costumam ter um custo mais elevado e a sua busca é uma verdadeira caça ao tesouro, o que faz o preço do conserto ir lá nas alturas.
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Carros que são baratos de comprar, mas caros de manter possuem algumas características em comum, eles podem ter peças de reposição caras, um histórico de necessidade de reparos frequentes ou até mesmo um consumo de combustível ineficiente.
Dessa forma, separamos alguns exemplos de modelos que se encaixam nessa descrição:
O Audi A3 2.0 2011 é um carro que oferece um bom desempenho e um interior de qualidade, mas como qualquer veículo usado, ele pode apresentar alguns problemas.
Sendo um carro de uma marca premium, as peças de reposição tendem a ser mais caras e aumentam o custo de manutenção.
Um dos problemas mais frequentes que afetam o motor é a perda de potência, muitas vezes acompanhada pela indesejada luz de controle do motor no painel.
Essas questões são causadas por falhas na bobina do motor. Além disso, o Audi A3 tende a desenvolver problemas de suspensão à medida que acumula quilometragem.
Esses problemas se manifestam como ruídos de batidas ou pancadas ao passar por lombadas ou terrenos irregulares. Isso indica que o sistema de suspensão pode estar desgastado e precisa de manutenção ou substituição de componentes.
Outro problema que merece destaque em modelos a diesel, é o filtro DPF (Filtro de Partículas Diesel). O filtro DPF pode entupir ou falhar e levar a problemas de desempenho e possíveis visitas frequentes à oficina.
O Ford Fusion, em suas duas primeiras gerações, enfrenta críticas quanto ao seu câmbio automático, que apresenta trancos ao engatar as marchas.
A substituição do câmbio é recomendada a cada 120.000 km e tem um custo elevado de R$4.800 com mão de obra inclusa. Além disso, o modelo tem problemas na caixa de direção, que pode apresentar ruídos e até travar.
O reparo fora da garantia é caro, com relatos de custos de até R$6.000 para um novo sistema de direção. Em 2014, houve um recall para troca da caixa de direção em unidades fabricadas em abril de 2013.
O Land Rover Discovery 3 é um ícone quando se trata de veículos off-road de luxo, conectado ao conforto e capacidade todo-terreno de forma excepcional.
No entanto, esse sistema não está isento de problemas e, quando falha, pode afetar o conforto e a dirigibilidade do veículo.
Um dos desafios mais comuns enfrentados pelos proprietários do Discovery 3 é o desgaste ou falha do compressor de ar da suspensão.
Este componente pode parar de funcionar devido ao desgaste ao longo do tempo ou por ter sido sobrecarregado em situações de vazamento no sistema.
Quando isso acontece, a qualidade da condução é comprometida e torna cada buraco e irregularidade da estrada uma verdadeira provação.
Além disso, os blocos de válvulas, que são fundamentais para a circulação de ar no sistema de suspensão, também podem apresentar defeitos.
Esses blocos falham e podem ocorrer vazamentos que reduzem a altura do veículo em relação ao solo e forçam o compressor a trabalhar mais do que o necessário e em casos extremos, esses blocos podem até insuflar ar em excesso no sistema e causar danos.
O Citroen Xsara Picasso é um veículo problemático apontado por proprietários relacionados ao motor e à suspensão.
Um dos mais notáveis é o alto consumo de óleo lubrificante nos motores 1.6 e 2.0, sinalizado por alertas de nível de óleo baixo.
Muitos donos relatam a necessidade de adicionar pelo menos um litro de óleo a cada 2.500 a 3.000 km, questionando a recomendação da marca de troca de lubrificante a cada 10.000 km.
Além disso, há relatos de problemas no sistema de refrigeração e inclui a queima da ventoinha do radiador, que resultou no superaquecimento do motor sem aviso prévio no painel.
Quanto à suspensão, ruídos em buchas, batentes, bieletas e coxins são comuns, inclusive na parte traseira do veículo. O coxim superior do motor também é uma peça citada como problemática.
Em termos de recalls, o modelo teve alguns ao longo dos anos. Em 2004, houve um recall para inspeção e substituição do tubo de freio traseiro.
Em 2006, as versões com câmbio automático precisaram realizar uma atualização do software do sistema de injeção de combustível. E em 2010, um defeito no terminal de direção levou a Citroën a chamar 27 proprietários para correção, devido ao risco de acidentes.
O Volkswagen Gol G3 1.0 16V é conhecido por seu conforto em relação aos concorrentes, mas apresenta uma série de problemas que requerem atenção.
O acabamento interno pode ser barulhento e os batentes de porta ressecam e causam ruídos ao abrir e fechar.
No aspecto mecânico, o modelo tem problemas recorrentes, como falhas no Controle de Aceleração, indicadas pela luz do EPC. A solução envolve a troca do corpo de borboleta, com um custo aproximado de R$1.000 reais.
Outros problemas incluem defeitos no eixo de admissão, que podem exigir a substituição do cabeçote do motor por cerca de R$2.000 reais, e questões no câmbio, com reparos em torno de R$500 reais.
O veículo também apresenta alto ruído interno, desgaste no sistema de escapamento e frequentes queimas de luzes, como as de freio e farol.
Além disso, há relatos de problemas com o miolo da fechadura do porta-malas e uma desvalorização acentuada no mercado de usados.
A luz EPC pode acender sem motivo aparente e só é resolvida com diagnóstico especializado. A luz de óleo também pode acender e apagar o que indica possíveis problemas no sistema de lubrificação.
Manter um carro popular no Brasil não é apenas sobre o custo inicial de compra; há várias outras despesas que entram em jogo.
Desde impostos anuais como o IPVA até seguros obrigatórios como o DPVAT, os custos podem se acumular rapidamente.
Além disso, fatores como manutenção regular, custos de combustível e até mesmo a desvalorização do veículo contribuem para o custo geral de propriedade.
De acordo com uma pesquisa realizada em 2022 pela Autoinforme ao somar todas as despesas, o gasto mensal médio do motorista foi de R$2.015,73 reais para a manutenção e uso do carro.
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Quando se trata de confiabilidade e custo-benefício na manutenção, duas marcas se destacam no mercado automobilístico: Honda e Toyota.
Mas o que faz dessas marcas as melhores opções para quem busca um carro durável e com baixo custo de manutenção? Aqui estão alguns motivos:
Tanto a Honda quanto a Toyota são conhecidas por sua engenharia excepcional. Os motores dessas marcas são projetados para durar e podem ultrapassar a marca de 200.000 milhas com manutenção regular.
Isso significa menos visitas ao mecânico e menos gastos.
As peças para modelos Honda e Toyota são mais acessíveis e fáceis de encontrar.
Isso se deve à popularidade dessas marcas e à alta demanda por suas peças, o que reduz o custo geral de manutenção.
Ambas as marcas são líderes em eficiência de combustível em seus modelos híbridos.
Afinal, menor consumo de combustível significa menos dinheiro gasto na bomba, o que é sempre uma vantagem.
Os veículos das montadoras Honda e Toyota tendem a depreciar menos em comparação com outras marcas.
Isso significa que você não só gasta menos com manutenção, como também consegue um melhor retorno ao revender o veículo.
A confiabilidade é talvez o fator mais importante quando se fala em manutenção de carros.
Nesse quesito, ambas montadoras têm uma reputação estelar. Isso é comprovado por diversas pesquisas e relatórios de consumidores que colocam essas marcas no topo da lista ano após ano.
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O Renault Kwid em termos de economia na classe dos veículos novos é o mais econômico de 2023, excluindo-se os modelos híbridos e elétricos.
Esta é uma posição que o carro já ocupava no ano anterior, 2022, graças às atualizações feitas durante o seu processo de modernização.
O motor de 1.0 litro do Kwid foi aprimorado com várias inovações que incluem um sensor de fase ajustável, uma unidade de controle eletrônico renovada e um sistema de partida e parada automática (start-stop), que contribuíram para melhorar sua eficiência energética.
Segundo dados fornecidos pelo INMETRO, o Kwid é capaz de alcançar uma média de até 15,7 quilômetros por litro de gasolina quando em tráfego rodoviário.
Embora esse número possa não ser impressionante quando comparado a outros veículos na mesma categoria, o Kwid brilha em ambientes urbanos.
Nas ruas, o carro demonstra um bom desempenho e registra uma média de consumo de 15,3 quilômetros por litro de combustível.
Este rendimento torna o veículo uma escolha ideal para quem busca economia no dia a dia urbano.
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Adquirir um veículo econômico não implica em sacrificar qualidade ou eficiência. No entanto, é crucial lembrar que carros baratos na hora da compra podem se tornar caros para manter ao longo do tempo.
Existem diversas opções de custo-benefício no mercado, tanto para carros novos quanto para usados.
Mas é fundamental fazer uma análise cuidadosa e considerar os custos de manutenção, seguro e consumo de combustível para evitar surpresas desagradáveis no futuro.
Com pesquisa detalhada, paciência e manutenção preventiva, você pode encontrar um modelo que não só atenda às suas necessidades imediatas, mas também seja viável a longo prazo.
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Até a próxima!
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