As montadoras investem cada vez mais para suprir as exigências do mercado, inovando em tecnologia e design. Com isso, o câmbio automatizado faz parte dessas inovações que proporcionam aos motoristas conforto e praticidade na hora de conduzir o seu veículo pelas rodovias.
E por isso, ele vem ganhando a atenção dos brasileiros, apesar de muitas pessoas ainda não saberem o que significa câmbio automatizado.
Basicamente, a embreagem automática evoluiu acompanhando o avanço tecnológico, pois ela disponibiliza ao motorista mais facilidade na condução de seu carro e um melhor desempenho durante todo o trajeto.
Há, ainda, a economia de combustível proporcionada a quem decide adquirir um automóvel com esse sistema inteligente.
Quer entender por que é mais viável a comprar carros com câmbio automatizado e descobrir qual a diferença entre câmbio automático e automatizado?
A seguir, falaremos mais sobre essas questões. Continue a leitura e tire suas próprias conclusões se o câmbio automatizado é bom!
Leia também: Cuidados com o carro automático.
O câmbio automatizado é um sistema disponível em veículos automotores, sendo uma alternativa além do sistema de câmbio manual e automático.
É uma opção mais em conta, se comparado ao câmbio automático, mas também apresenta valor de aquisição e manutenção mais baixo.
Ele exige mais esforço do motorista que o automático, mas oferece mais conforto que o sistema de câmbio manual.
Embora não haja mais nenhum modelo de câmbio automatizado de embreagem única zero quilômetro à venda no Brasil atualmente (o último foi o Fiat Cronos GSR, descontinuado em 2020), os carros com esse tipo de transmissão eram comercializados por preços inferiores aos dos automáticos convencionais.
Essa discrepância de valores também se reflete no mercado de veículos usados.
Guiar um carro com esse tipo de transmissão é praticamente igual a um modelo automático de conversor de torque ou CVT.
A operação dispensa o pedal de embreagem e os comandos possuem as mesmas funções que a de um automático convencional:
Em alguns casos, há ainda o modo de trocas manuais ascendentes e descendentes.
Durante a condução, o motorista percebe alguns trancos durante as trocas de marchas dos câmbios automatizados, devido ao acionamento eletrônico da embreagem. Acelerar o carro de maneira progressiva e suave ajuda a atenuar esses “trancos”.
Já as caixas de dupla embreagem têm funcionamento mais ágil e suave, justamente pelo fato de a marcha seguinte ficar pré-engatada durante a condução do veículo.
Por exemplo: quando o câmbio passa da segunda para a terceira marcha, a quarta e quinta já estarão prontas para serem engrenadas e assim sucessivamente com as demais marchas.
A manutenção é simples, dado que o sistema é semelhante ao do câmbio manual, o que faz com que os custos com reparos se reduzam e as peças automotivas sejam fáceis de serem encontradas (assim como a mão de obra).
Por serem menores e mais leves que as caixas automáticas, os câmbio automatizados exigem menos esforço do motor para funcionar, “roubando” menos energia do propulsor e contribuindo para a economia de combustível.
Como explicado anteriormente, os câmbios automatizados de embreagem única provocam trancos durante as trocas de marcha.
Nas caixas automáticas isso não ocorre, pois o conversor de torque ou as polias têm funcionamento mais suave.
Diferentemente dos câmbios automáticos, que são mais robustos e raramente exigem manutenção, os automatizados sofrem maior desgaste dos componentes, principalmente das embreagens.
Existem vários tipos de câmbios automatizados, feitos por empresas diferentes para cada uma das montadoras. Iremos falar sobre alguns deles, assim como seus prós e contras que equipam os carros mais vendidos das 4 grandes montadoras.
O I-Motion, é falado que a troca de marchas é bem suave, sem aqueles “trancos” que são famosos de carros automatizados.
Esses trancos podem acontecer apenas em casos de aceleração ou frenagem muito brusca, pois a marcha tem que ser trocada rapidamente, caso você esteja andando de forma suave e contínua, a troca se torna mais fluida.
Equipa vários carros da Volks como:
O Dualogic, esse tranco é perceptível em todas as trocas de marcha, ou seja, da primeira até a quinta. Neste câmbio, você pode andar das duas formas, manual e automática, e para cada uma das duas ainda há o modo esportivo.
Existe também o modelo chamado de Dualogic Plus, onde foram feitas algumas melhorias.
Apesar de tudo isso, ainda ocorrem muitas reclamações sobre o câmbio, muitos clientes reclamaram que a troca de marchas não estava sendo feitas corretamente, ou que o câmbio do veículo mudava para neutro e o carro morria.
Alguns carros da Fiat com o câmbio automatizado são:
Esse tipo de câmbio também possibilita o uso de forma automática e de forma manual.
Assim como todos os outros, também possui o famoso tranco nas mudanças de marcha, mas isso é algo adaptável. Algo que os motoristas reclamam é a demora de resposta ao engatar a marcha ré, o que pode ser um pouco prejudicial quando se está com muita pressa para manobras rápidas.
Existe outra geração do Easytronic, que é chamada de Easytronic Gen II. Neste geração, algumas melhorias foram feitas, já que o tranco da troca das marchas se torna um pouco mais suave, entretanto, ainda é mais perceptível que os dois câmbios apresentados acima.
Existe ainda uma nova versão, chamada de Easytronic 3.0.
Está disponível na Meriva e Agile. Muito do que é oferecido na geração mais nova já utiliza câmbio automático, como Onix e Prisma.
Com toda certeza esse é o câmbio automatizado mais polêmico dos últimos tempos, pois é o mais criticado pelos motoristas.
Várias reclamações foram feitas, como:
Muitos destes problemas não foram resolvidos pelas concessionárias, fazendo com que as reclamações se agravassem ainda mais. A troca de câmbio demora meses para ser efetuada, pela falta peças, o que só piorou a situação.
No fim das contas, o câmbio da Ford foi se tornando cada vez menos popular por causa de sua má fama.
O caso ficou tão fora de controle que a Ford sofreu um processo coletivo nos Estados Unidos, reunindo mais de cinco mil pessoas que não estavam nem um pouco contentes com seus câmbios automatizados.
O câmbio Power Shift equipa vários veículos da Ford, desde o pequeno Ka e Fiesta, até A EcoSport e mesmo o esportivo Focus.
É a forma como o próprio veículo troca as engrenagens e marchas na caixa de câmbio que fica acoplada ao motor. No carro automático, um conversor de torque envia a força do motor para o câmbio através de um sistema hidráulico.
De acordo com a pressão do pé no acelerador, esse sistema muda as engrenagens e troca as marchas. Ele também pode ter borboletas e possibilitar a execução de trocas manuais.
Já no carro de câmbio automatizado existem embreagens e marchas que funcionam por meio de um sistema eletro-hidráulico. Sensores eletrônicos percebem a alteração das velocidades, enviando a informação hidraulicamente à embreagem e às marchas, que se ajustam.
Outro fator interessante na modalidade automatizada é a opção de dupla embreagem, uma evolução do sistema. Nele, há duas embreagens – uma aciona as marchas pares e outra as marchas ímpares.
Conforme os sistemas percebem a ação dos pedais (se estão acelerando ou freando), eles já deixam a próxima marcha pré-engatada.
Assim, a mudança é bastante suave. Alguns carros com câmbio automatizado também oferecem a opção de trabalhar hibridamente. Isso significa que você pode deixar apenas o acionamento da embreagem no automático, mas fazer a troca de marchas manualmente com a alavanca ou borboletas.
Apesar do objetivo ser o mesmo – que você, condutor, não precise se preocupar em pisar na embreagem e nem trocar de marcha – a diferença de funcionamento dos sistemas acaba evidenciando algumas particularidades.
Mas vale lembrar que, mesmo com essas pequenas distinções, o conforto e eficiência estão presentes nos dois tipos de câmbio.
No automático e automatizado de dupla embreagem, a troca de marchas é feita com bastante suavidade, então você praticamente não sente a mudança. No automatizado, às vezes, é possível sentir a troca – mas nada muito grave ou que altere o conforto.
E no câmbio automatizado também há o ganho de economia de combustível graças à transmissão, que leva em conta diversas informações além da velocidade para engatar a marcha.
A diferença entre câmbio manual e automatizado está na forma como as trocas de marchas são realizadas.
No câmbio manual, o condutor é responsável por controlar as trocas de marchas manualmente usando a alavanca. Esse tipo de câmbio possui uma embreagem que precisa ser acionada pelo motorista para desacoplar o motor da transmissão e permitir a mudança de marcha.
O motorista precisa pisar na embreagem, mover a alavanca de câmbio para selecionar a marcha desejada e, em seguida, soltar a embreagem suavemente para que a marcha engate.
Esse processo requer coordenação e habilidade do motorista para garantir trocas de marcha suaves e eficientes.
O câmbio automatizado é um sistema que permite trocas de marchas automáticas, mas utiliza uma embreagem simples, sem pedal. Ao contrário do câmbio manual, o controle das trocas é feito eletronicamente por meio de sensores e atuadores.
O sistema automatizado detecta a necessidade de mudança de marcha com base na velocidade do veículo e na rotação do motor e, em seguida, realiza a troca automaticamente, acionando a embreagem e engatando a marcha apropriada.
Algumas versões mais antigas do câmbio automatizado podem apresentar algumas características de trocas mais bruscas, mas versões mais modernas tendem a ser mais suaves e eficientes.
A diferença entre câmbio automatizado e semiautomático é sutil, mas importante. Ambos os sistemas são projetados para permitir trocas de marchas automáticas ou manuais, mas a forma como realizam essas trocas é que os diferencia.
O câmbio semiautomático é um sistema que também permite trocas de marchas automáticas, mas, ao contrário do câmbio automatizado, possui uma embreagem que é acionada manualmente pelo motorista. O condutor pode usar a alavanca ou borboletas no volante para selecionar a marcha desejada, mas é necessário acionar a embreagem ao realizar as trocas.
Portanto, o câmbio semiautomático oferece uma mistura de opções de troca de marcha automática e manual, onde o motorista tem mais controle sobre o processo de troca.
Um sintoma comum de câmbio automatizado é com os trancos nas mudanças de marchas.
Então, se seu carro automatizado apresenta mudanças de marcha bruscas ou trancos, que podem se mostrar como um tipo de soco quando as marchas trocam para outra mais alta, isto pode ser sinal de problemas e o baixo nível de fluido pode ser o vilão.
Se você percebe que as marchas demoram para entrar ou simplesmente parece desaparecer quando as mudanças acontecem, pode ser ainda pior, já que isto indica uma transmissão com falhas graves.
Outro problema que se manifesta com frequência é a patinação. Isso é normalmente determinado pela falta de sincronismo entre o motor e o veículo.
Este sintoma se manifesta com um aumento de giro do motor sem que o carro acompanhe com um aumento na velocidade, muito parecido com quando o motorista fica com o pé apoiado no pedal da embreagem, acionando-o inadvertidamente.
Patinação é apenas mais um dos sintomas comuns de fluido baixo e não deve ser ignorada, afinal a falta de fluido significa que as marchas não conseguem engatar direito.
O normal é uma transmissão totalmente silenciosa. Se você começar a escutar barulhos estranhos vindo da transmissão, é melhor levar para a oficina verificar o quanto antes.
O barulho de metal, mudanças bruscas ou duras podem também indicar baixo nível de óleo.
Leia também: Barulhos no carro que podem ser preocupantes.
O calor é um veneno para o câmbio automatizado e se ele aumenta, isto significa que sua transmissão pode falhar a qualquer momento devido a baixo nível de fluido.
Trabalhar em temperatura alta é o principal motivo da morte prematura de um câmbio automático. Existem casos de destruição completa do câmbio, especialmente em carros importados cuja transmissão foi originalmente projetada para rodar em países mais frios e em estradas melhores.
Um dos sinais mais óbvios é quando identificamos vazamento de óleo do câmbio. Uma mancha amarela ou vermelha em sua garagem deveria ser interpretada com a mesma preocupação de um sangramento.
Além de ter a função de arrefecimento, o fluido da transmissão é vital para a capacidade de funcionamento da mesma. É muito importante verificar o nível de fluido do câmbio e ficar atento a vazamentos.
É fácil identificá-lo, por conta da cor que é mais clara, indo do vermelho ao amarelo e também porque o cheiro é muito característico.
Se o cheiro é de queimado e a cor do óleo é escura, você realmente está diante de um problema, pois significa que o óleo está fazendo hora extra dentro da transmissão.
O custo da manutenção de um câmbio automatizado pode variar dependendo do modelo do veículo, da marca, da região em que você vive e do tipo de manutenção necessária. No entanto, geralmente, a manutenção de um câmbio automatizado pode ser um pouco mais cara do que a de um câmbio manual devido à sua complexidade.
Alguns itens comuns de manutenção para um câmbio automatizado incluem:
Como em qualquer transmissão, o óleo do câmbio automatizado precisa ser trocado periodicamente para garantir um desempenho adequado e prolongar a vida útil do sistema.
Embora os câmbios automatizados tenham uma embreagem simples (ou monodisco), ela ainda está sujeita a desgaste ao longo do tempo e pode precisar ser substituída em algum momento.
Os sistemas de controle eletrônico do câmbio automatizado também precisam ser verificados e, ocasionalmente, reparados ou atualizados para garantir o correto funcionamento do sistema.
Se surgirem problemas com o câmbio automatizado, será necessário diagnosticar e reparar essas falhas, o que pode envolver custos adicionais.
Devido à complexidade do câmbio automatizado, é essencial que a manutenção seja realizada por um mecânico especializado ou em uma oficina autorizada pela fabricante do veículo.
Isso pode ter um impacto nos custos de mão de obra, que podem ser um pouco mais altos do que a manutenção de um câmbio manual padrão.
Para ter uma ideia mais precisa dos custos de manutenção para o câmbio automatizado em um veículo específico, é recomendável consultar o manual do proprietário do veículo ou entrar em contato com uma oficina especializada na marca e modelo do carro.
Além disso, é sempre uma boa prática realizar a manutenção regular do veículo de acordo com as recomendações do fabricante para evitar problemas e reduzir custos de reparo a longo prazo.
A manutenção preventiva do próprio veículo é algo a que todo motorista já deve atentar se quiser evitar gastos desnecessários.
Mas há, também, uma questão muito comum, que pode prejudicar seu bolso de maneira bastante onerosa: tentar mover o carro com a bateria arriada.
Diferentemente dos veículos manuais e automáticos, todo carro com câmbio automatizado para com a primeira marcha engrenada em caso de perda total de carga da bateria.
É preciso energizar novamente o automóvel para que ele possa ser colocado em ponto neutro. Portanto, jamais force sua movimentação sem colocar uma nova bateria.
Caso o veículo precise ser transportado por um guincho, a maneira mais segura de fazer isso é utilizando um “cambão”.
Assim, as rodas dianteiras podem ficar suspensas e livres, evitando qualquer tipo de esforço das engrenagens.
Gostou de saber mais sobre o câmbio automatizado? Se procura por economia de combustível pode apostar no automatizado.
Se não quer nem passar perto de sentir a troca de marchas, os automáticos ou automatizados de dupla embreagem são a pedida certa.
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