Quando o assunto é mecânica automotiva, você já deve estar cansado de ouvir uma série de fake news disfarçadas de verdades por aí. Se você não é uma pessoa que conhece bem sobre peças automotivas, em algum momento, deve ter se perguntado, o que é verdade ou não sobre o líquido de arrefecimento do motor.
O líquido de arrefecimento do motor é muito importante para a manutenção da temperatura do carro em um grau ideal para o seu bom funcionamento.
Neste artigo, você irá desvendar os 5 mitos e verdades sobre o líquido de arrefecimento do motor e entender qual é a sua importância para o carro.
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1. Posso completar o líquido de arrefecimento do motor?
Grande parte dos condutores já se questionou se deve ou não completar o líquido de arrefecimento até chegar ao nível correto. A resposta para essa pergunta é não. Isso é um mito.
De antemão, caso você precise completar o nível do líquido de arrefecimento a todo instante, este é um sinal de alerta para possíveis problemas no seu carro.
Essa necessidade, pode ser que algum problema relacionado ao mau funcionamento do motor, bomba de água ou do radiador e mangueiras furadas.
Completar o líquido de arrefecimento do motor de forma constante, pode custar sérios problemas em seu motor. Não arrisque e caso o seu veículo tenha esse tipo de vício, procure o auxílio de um mecânico de sua confiança.
Agende um horário para verificar se está tudo em ordem com o seu veículo.
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Bom, não é bem assim que acontece. Essa é mais uma das falácias contadas entre os donos de carros que querem melhorar a eficiência do líquido de arrefecimento do motor.
Por isso, não caia nessa pegadinha! Alterar os níveis de aditivo do motor também deve ser um procedimento seguido à risca com as orientações do manual de fábrica do seu veículo.
A recomendação de diversos manuais de fábrica sobre o líquido de arrefecimento do motor é que seja colocado 50% de água desmineralizada (ou seja, nada de água da torneira) e 50% do aditivo.
Essa mistura irá auxiliar o líquido de arrefecimento do motor a trabalhar com fluidez e maior capacidade.
Mas fique alerta, sempre consulte um profissional especializado antes de realizar qualquer procedimento em seu veículo.
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Não é recomendado misturar aditivos orgânicos e inorgânicos no sistema de resfriamento do veículo. Isso porque as composições químicas são diferentes e podem não ser compatíveis e prejudicar o arrefecimento do motor.
Os aditivos orgânicos geralmente são à base de ácido orgânico e são projetados para serem usados em sistemas de redução de longa duração.
Por outro lado, os aditivos inorgânicos, são à base de silicato ou fosfato e são projetados para serem usados em sistemas de refrigeração de curta duração.
Misturar esses aditivos pode levar à formação de depósitos, o que pode obstruir o sistema e reduzir sua eficiência.
Além disso, a mistura de diferentes aditivos pode resultar em efeitos negativos em outras partes do motor, como danificar a bomba de água, o termostato e o radiador.
Portanto, é importante seguir as recomendações da fabricante do veículo e usar o tipo correto de aditivo para garantir a eficiência do sistema de refrigeração e prolongar a vida útil do motor.
Antes de completar o líquido de arrefecimento do motor com qualquer aditivo, você deve pesquisar qual é o tipo de aditivo presente no sistema de arrefecimento do seu carro.
Dica de ouro: sempre dê preferência aos aditivos orgânicos para o líquido de arrefecimento do motor. Isso porque ele agride menos o motor devido aos seus componentes serem naturais.
Mas, na dúvida, retire completamente o líquido antigo antes de colocar o novo a fim de evitar quaisquer danos ao sistema do seu carro.
A Autoglass conta com uma linha completa de líquido de arrefecimento do motor para o seu veículo.
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Esse é um dos maiores mitos que é espalhado pelos proprietários de carros usados.
No entanto, é importante usar aditivos de qualidade e seguir as recomendações da fabricante para evitar possíveis danos ao motor.
O uso excessivo de aditivos pode ter efeitos negativos, e os de baixa qualidade podem conter substâncias que prejudicam o motor do veículo.
Por exemplo, digamos que Pedro comprou um carro de Marcelo e por muito tempo, o antigo proprietário utilizou apenas água desmineralizada como líquido de arrefecimento.
Mas, agora, o novo dono do veículo resolve inserir líquido de arrefecimento com aditivo. Após essa mudança, o motor começa a funcionar de forma estranha e fraca, então Pedro leva o veículo em seu mecânico.
Ao chegar na oficina, o especialista automotivo constata que Pedro está usando líquido com aditivo em um carro que trabalhou com água desmineralizada por anos.
Durante muito tempo, o antigo dono utilizou água desmineralizada como líquido de arrefecimento do motor. Com isso, formou-se uma quantidade significativa de ferrugem no interior do motor do veículo.
O aditivo fez apenas a sua função de limpar o motor de toda sujeira e ferrugem nele existentes, mas isso acabou causando o entupimento das mangueiras.
Por isso, é sempre recomendado consultar um mecânico ou seguir as instruções da fabricante antes de usar qualquer tipo de aditivo em seu veículo.
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5. Fluido de arrefecimento e aditivo são a mesma coisa
Para ser considerado um aditivo de radiador, o líquido de arrefecimento do motor precisa conter uma porcentagem específica de MEG (monoetilenoglicol) em sua composição.
Além disso, é necessário ser aprovado pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e seguir as ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
O aditivo é um produto químico adicionado ao fluido de resfriamento para melhorar algumas de suas propriedades, como a capacidade de resistir a temperaturas extremas, reduzir a resistência ou prevenir a formação de espuma.
Em outras palavras, o aditivo é um componente do fluido de resfriamento, mas não é o mesmo que o fluido em si.
Já um fluido de arrefecimento não contém nada disso. E é aí que está o problema. Quando o líquido não contém MEG em sua composição ou não atende às normas, ele não é considerado aditivo.
Isso significa que ele não apresenta os requisitos que oferecem um produto de qualidade e, consequentemente, o desempenho do produto também será inferior.
Portanto, embora ambos estejam relacionados ao sistema de arrefecimento do motor, fluido de resfriamento e aditivo são duas coisas diferentes.
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Ao ter desvendado os mitos e verdades sobre o líquido de arrefecimento do motor, você adquiriu um conhecimento valioso que lhe permitirá identificar possíveis problemas no líquido de arrefecimento do motor de forma mais fácil e eficiente.
Ao se familiarizar com a importância do líquido de arrefecimento do motor, você se tornou mais consciente da necessidade de monitorar e manter seus níveis compatíveis, evitando assim possíveis danos ao motor.
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