O que seriam dos carros se não fossem os freios, não é mesmo? Na verdade, dá para afirmar que é impossível falar sobre o funcionamento de um carro sem abordar o freio. Afinal de contas, para que serve um carro que não freia? Por isso, antes de falar sobre freio ABS, este texto vai abordar um pouco mais sobre essa parte tão fundamental em um carro que é o freio.
Só que mais do que falar sobre os freios, aqui você vai entender qual é a diferença entre os sistemas de frenagem que existem: freio ABS e freio comum. Assim, você entende de uma vez por todas o que é o que, como cada um deles funciona e, consequentemente, qual que é o melhor.
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Sim, é isso mesmo que você leu. O que a gente chama simplesmente de freio, na verdade é um sistema complexo, com diferentes partes. Ou por um acaso você achou que parar um carro era uma tarefa simples? Se sim, saiba que isso é um engano! Vamos entender isso melhor.
Para começar, vamos entender o que é o sistema de freios: um conjunto de itens que funcionam em sinergia com o objetivo de, ou desacelerar o veículo ou pará-lo por completo. E esse sistema costuma ter duas formas de acionamento: pedal e alavanca.
Essa alavanca é o que comumente chamamos de “freio de mão”. Via de regra, é assim. Mas existem alguns modelos de veículos mais modernos que também têm acionamento automático.
O acionamento automático funciona da seguinte maneira: ele conta com diferentes sensores que detectam possíveis colisões e acabam freando automaticamente. Evitando assim, qualquer tipo de colisão, ainda que o condutor tenha um rápido momento de desatenção.
Para os veículos que são leves, o sistema de freios se divide em dois tipos: a disco ou a tambor, onde os dois são hidráulicos. Quando falamos de veículos mais pesados, como caminhões e ônibus, o sistema de freios é chamado de freio a ar, também conhecido como pneumáticos.
Lembra que falamos que o sistema de freios é um conjunto complexo de itens que fazem o carro desacelerar ou parar? Nesse conjunto, cada parte tem o seu papel específico e agora, você vai entender como cada peça desse todo afeta o seu desempenho.
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É a parte mais lembrada pelas pessoas por ser o elemento que aciona o sistema de freios. Haja visto que é o único ponto de contato entre o condutor e esse sistema.
Seu funcionamento não é nenhum mistério, muito pelo contrário: ao pressionarmos ele com o pé direito, as rodas do carro são bloqueadas. A intensidade desse processo vai depender da força que imprimimos no pedal.
Já a alavanca, o famoso freio de mão, é um componente secundário de acionamento de freios. Só que a grande diferença da alavanca para o pedal é que, quando puxada, ela para somente as rodas traseiras do veículo. Por isso, seu uso é recomendado apenas para manter o veículo em inércia. Não se reduz velocidade puxando o freio de mão.
Também utilizamos a alavanca para sair de ladeiras muito íngremes, este componente oferece uma maior segurança do que o simples acionamento do pedal. Fazendo com que o carro não recue com a força da ladeira.
Como o nome sugere, o formato dessa peça é circular, como um disco mesmo. Dada a sua semelhança com CDs ou DVDs. Essa peça fica conectada à roda, de modo que ela acompanha o movimento para assim poder desacelerar e parar.
Já o tambor tem a mesma função que o disco de freio, que é justamente gerar um atrito que faça o veículo desacelerar ou parar. Seu formato lembra uma panela. Geralmente essa peça é fabricada em ferro fundido.
As pastilhas são componentes de fricção, ou seja, a parte de contato que gera atrito. Essa é a peça que de fato faz o carro desacelerar. Se for colocar lá no conceito da física que aprende-se na escola, é o atrito que amplia a resistência contra o deslocamento.
Em outras palavras, para facilitar o entendimento, é mais fácil deslizar em uma pista de gelo do que em um chão de asfalto.
Para começar, falando de lona, essa é uma outra solução para gerar o atrito necessário que o sistema de freio precisa para parar um carro. Só que como essa peça compõe o sistema de freios a tambor, ela é encontrada mais em carros antigos ou mais populares. Seu funcionamento é simples: as lonas se junto ao tambor e consequentemente esse atrito vai desacelerar o veículo.
Já a pinça atua no sistema de freios a disco. Ela não só serve como suporte e proteção para as pastilhas como também tem a função de pressionar essas mesmas pastilhas contra o disco através de um ou mais cilindros hidráulicos com pistões internos.
Elas são conhecidas como pinças flutuantes ou deslizantes, quando têm apenas um cilindro. Para a versão com mais de um pistão, chamamos elas de pinças do tipo fixas.
As sapatas você vai encontrar no sistema de freio a tambor. Servindo para apoiar as lonas como um tipo de suporte.
O servo de freio, também conhecido como multiplicador de força, tem como objetivo aumentar e dissipar uma força imprimida pelo pedal através de um diferencial de pressão.
Dessa forma, o condutor consegue acionar todo esse sistema sem usar muita força. O que explica muita coisa, pois já pensou esse sistema depender da força bruta para ser acionado?
O cilindro de roda pertence ao sistema de freio a tambor e é quem faz as sapatas se mexerem. Sendo ele um agente atuador principal. Por meio de pistões que, quando acionados pelo fluido hidráulico, pressionam as lonas contra o tambor e assim, bloqueiam o movimento das rodas.
Já o cilindro mestre é responsável por converter força mecânica em pressão hidráulica.
Esse é um dos componentes mais importantes do sistema de freio. Isso porque é o fluido que tem como objetivo a transferência de movimento, dando toda a funcionalidade que o sistema de freio precisa. Em outras palavras, bem a grosso modo, é como se o fluido fosse o “sangue” onde o sistema de freio é o “organismo”.
Essas são as principais partes dos sistemas de freio, a depender de qual tipo é. Mas de forma geral, é um passo importante para entender a complexidade desse sistema que já falamos no início da leitura desta postagem.
O freio ABS é uma das principais tecnologias do mercado. Isso porque ele trouxe uma série de ganhos para os automóveis quando falamos de segurança. Sua vantagem é tamanha que em 2014 virou obrigatoriedade em veículos produzidos no Brasil. Isso porque ele previne acidentes, oferecendo um controle maior do veículo para o condutor.
Agora que você entende melhor sobre as principais partes que compõem um sistema de freio, bem como seus tipos, vamos ao que interessa: entender qual é a diferença de freio ABS para o freio comum. Mas antes, vamos entender o que é o freio ABS.
Primeiro de tudo, já se perguntou de onde vem a sigla ABS? A resposta é que ABS nada mais é do que a sigla de Anti-lock Braking System, que traduzindo para o português sistema de travagem anti-bloqueio.
O freio ABS também é conhecido como freio antitravamento e seu principal escopo é evitar o travamento das rodas com as frenagens mais abruptas. Isso significa que ele é acionado em situações emergenciais, evitando ao máximo a chance de acidentes.
A tecnologia do freio ABS é capaz de reduzir em até 30% a distância de parada. O que dá ao motorista uma maior janela de reação para desviar de obstáculos que possam estar no caminho do carro diante de uma frenagem emergencial. Pode parecer pouco, mas 30% é uma diferença e tanto para evitar uma colisão, quando uma fração de segundos é determinante.
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O freio ABS é uma tecnologia que utiliza sensores nas rodas. Esses sensores são responsáveis por monitorar a trajetória e velocidade dos pneus. Em uma frenagem mais brusca, esses sensores vão impedir o travamento das rodas. Assim, esse tipo de freio não vai frear a roda como se imagina, mas aliviar e ajustar a intensidade da frenagem.
Entendendo como se dá esse funcionamento, confirmamos que não é para qualquer frenagem que se utiliza esse sistema, mas sim aquelas que são mais bruscas e precisam dessa correção. Quando aquela pisada bem forte acontece, o freio ABS vai lá e faz a sua mágica.
O freio ABS dispõe de quatro componentes muito importantes:
Entendendo como funciona o freio ABS, você compreende que na verdade ele não é um freio. Mas sim um sistema que dá maior segurança ao sistema de frenagem dos carros.
Assim, não existe bem uma diferença entre freio ABS e freio comum, porque o freio ABS, mais do que um freio, é um sistema.
A comparação acaba deixando de existir até porque os freios se dividem em diferentes categorias e o ABS não se enquadra em um tipo de freio. Mas sim como uma tecnologia que trabalha em conjunto com os freios.
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