Para garantir o bem-estar de todos, o sistema de frenagem é um dos equipamentos mais essenciais do veículo, motivo pelo qual deve estar sempre em dia. Além das conhecidas pastilhas e discos de freio, existe um outro componente que é essencial para o bom funcionamento desse sistema: o fluido de freio.
Por ser um elemento que faz parte dos itens de segurança, ele merece toda atenção e cuidado. Afinal, é esse líquido o responsável por transmitir a força do pedal até o sistema de frenagem nas rodas do carro.
Por isso, é importante verificar o nível do fluido de freio regularmente, a cada revisão.
Muito mais do que uma peça essencial ao bom funcionamento do automóvel, o fluido de freio é item indispensável para uma condução mais segura e eficiente.
Dessa forma, preparamos um miniguia bem completo para explicar as principais causas do fluido baixo, suas possíveis consequências e, claro, algumas dicas de como manter essa manutenção em dia.
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Antes de falarmos sobre a importância do fluido de freio é preciso entender o que é esse produto e que papel ele desempenha no seu carro.
O fluido de freio é uma espécie de fluido hidráulico, que é usado em sistemas de frenagem de veículos dos mais variados modelos — bicicletas, carros, caminhões etc.
A principal função desse fluido é simples: transmitir a força exercida sobre o pedal do freio até as pastilhas, as quais, junto com os demais equipamentos, farão com que o veículo pare de se movimentar.
A qualidade do fluido é determinada por suas características, que, entre outras coisas, devem incluir uma baixa taxa de compressão para garantir que o fluido não perca o seu volume se o freio for acionado e consiga transmitir a exata pressão aos equipamentos que fazem as rodas do veículo pararem.
A segunda característica importante é o alto ponto de ebulição, pois o fluido dos freios funciona com altas temperaturas, que são geradas pelo atrito das pastilhas e dos discos do freio.
Dessa forma, ele precisa suportar essas temperaturas sem que suas propriedades sejam modificadas, especialmente a compressão. Se o fluido entrar em ebulição, bolhas de ar surgirão, assim como falhas na hora da frenagem.
Portanto, a relação entre esses dois aspectos é o que garante uma boa qualidade ao fluido.
O líquido é o grande responsável por transmitir a pressão feita no pedal, durante a frenagem, para as 4 rodas do veículo. Isso ocorre por meio de mangueiras conectadas ao cilindro mestre, que bombeiam o líquido de maneira uniforme até as lonas e pastilhas de freio, o que causa por sua vez a desaceleração do veículo.
Trata-se de um sistema fechado, ou seja, após acionado, esse líquido retorna ao cilindro mestre para posterior uso e ocorre o mínimo desgaste e perda em volume. Por esse motivo, fluidos jamais devem ser mantidos abaixo de seu nível normal.
Além disso, o fluido é responsável por suportar o calor gerado no sistema durante a frenagem do automóvel. Isso se deve às características lubrificantes e anticorrosivas do composto, que mantém a integridade de todo o sistema.
Por isso ele é uma substância essencial para garantir que não haja falha nos freios.
Fluidos de freio são componentes essenciais a qualquer sistema de frenagem automática, se não for trocado com a quilometragem e o tempo corretos, o fluido absorve a umidade dentro do conjunto e pode acarretar falhas na ação dos freios.
O acúmulo de água é o maior vilão desse líquido, e esse fenômeno deve ser monitorado pelo mecânico. Essa deve ser a maior preocupação no momento da troca.
Por ser higroscópico, o líquido absorve umidade o tempo todo, desde o momento em que é aberta a embalagem.
Uma vez contaminado com água, o fluido tem alterada uma de suas características essenciais: o ponto de ebulição. Líquidos com alta concentração de umidade podem ter sua eficiência de frenagem reduzida em até 30%, o que representa um sério risco à segurança do motorista.
Para evitar essa umidade o mecânico deve fazer a troca do fluido no sistema de uma só vez, e não somente completar o nível do reservatório.
Em regra, o fluido deve ser trocado conforme as especificações do manual do veículo, que é fixado em quilômetros. Diferente de outros produtos, o fluido de freio não diminui quando usado, mas se isso ocorrer não pode ser completado.
Isso porque o sistema de frenagem é considerado um sistema fechado que, pelas suas características, não deveria sofrer perdas.
Portanto, se houver necessidade de completar o nível do fluido, possivelmente há um vazamento no sistema que precisa ser resolvido.
Após solucionar esse problema, o fluido deve ser substituído, já que o vazamento pode comprometer as características do produto.
Uma outra curiosidade é que já existem ferramentas no mercado capazes de diagnosticar certas características do fluido, como o ponto de ebulição e a quantidade de água absorvida, que, neste caso, não pode ultrapassar 4%.
Como já foi dito, o ideal é observar o manual do seu veículo para verificar quando a troca deve ser feita.
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Ao perceber algo de diferente nos freios do carro, o motorista quase sempre o associa ao desgaste das pastilhas.
Esse sistema, no entanto, é muito mais complexo e envolve outras peças e equipamentos, que muitas vezes nos esquecemos de conferir ou até mesmo nem o conhecemos bem.
É o caso do fluido de freio! Por ter uma vida útil bem prolongada, em geral, muitos condutores fazem a transferência do veículo sem nunca terem visto ou trocado esse líquido durante seu uso.
Mas, se ele apresentar abaixo do nível indicado, é sinal de que algo precisa de manutenção. Destacamos possíveis causas para essa baixa no reservatório. Confira!
Assim como o fluido de radiador, o de freio também é armazenado em um pequeno reservatório plástico junto ao motor. Seu sistema também utiliza mangueiras para conduzir o líquido desse compartimento aos pedais e às rodas.
Logo, qualquer rachadura, ressecamento ou quebra dessas partes já pode indicar o motivo do líquido baixo por causa de vazamentos. E nem sempre será visível, necessitando uma análise mais profissional de um mecânico.
As rodas contam com lonas ou sapatas de freios traseiras, que devem passar por uma revisão a cada 10 mil quilômetros rodados, em geral.
Quando estas estão muito desgastadas ou vazando, desregulam o sistema e um dos “sintomas” mais comuns e fáceis de perceber é notar se o pedal de freio está baixo.
Além disso, lonas e sapatas têm vida útil e precisam ser trocadas por completo de tempos em tempos. Em alguns casos, é possível notar vazamentos do fluido nas próprias rodas — e isso indica o momento certo de substituição.
Acabou de trocar as pastilhas, mas notou o fluido baixo? Pode ser um sinal de que a instalação não foi muito bem-feita.
Isso ocorre, quase sempre dá para perceber no uso rotineiro do veículo, como pedais altos demais, duros e com baixa eficiência na frenagem. O ideal é buscar um mecânico especializado e fazer uma nova revisão.
Quando o cilindro mestre de freio apresentar problema, pode estacionar em local seguro e chamar seu mecânico. Afinal, diferente dos problemas citados acima, nesse caso seu carro perderá por completo o freio e você correrá ainda mais riscos ao conduzi-lo.
Você saberá se a origem do problema é no cilindro, porque o pedal encostou no assoalho e não terá mais pressão nenhuma.
O fluido tem validade e vida útil. Além disso, existem diferentes tipos de freio e sistemas, que demandam funcionamentos e consumos diferentes das peças.
No caso de um fluido vencido, uma das consequências possíveis é a absorção de umidade no líquido, o que gera uma espécie de ar e compressão no sistema.
Com isso, é normal que o pedal desça também, pois estará com dificuldades de bombear o material em uma quantidade ideal até as rodas.
Assim como qualquer outro problema mecânico, o fluido baixo vai requerer o uso forçado de peças e sistemas do veículo, o que tende a acarretar desde a queda de desempenho até o desgaste desnecessário do motor.
Ainda vale destacar a questão da segurança na condução. Com freio não se deve brincar e, portanto, pastilhas, lonas, fluidos, cilindros e outros componentes dos sistemas devem estar com a manutenção em dia sempre! Entre as principais consequências de rodar com o veículo com o líquido baixo são:
Na maioria das vezes o reservatório está acoplado ao Servo-Freio, ao lado esquerdo do motorista, depois da coluna A (à frente da coluna de direção no capô). Você poderá identificar pelo líquido amarelo ou vermelho, que são as cores mais comuns.
O servo-freio é uma peça preta, que aparenta ser um grande disco. À frente há o reservatório de plástico, e abaixo o cilindro mestre que se caracteriza por ser de alumínio e por sair dele dutos.
Haverá no reservatório do fluido de freio em destaque por tinta de outra cor ou em relevo, a marca máxima e mínima. O fluido sempre deverá estar na margem, mais próximo do máximo.
A substituição líquida é um serviço que envolve, ao mesmo tempo, a remoção do fluido antigo por meio de um procedimento chamado sangria e a reposição do fluido novo no sistema.
O mecânico, de forma geral, deverá seguir o passo-a-passo abaixo:
A troca do fluido é um serviço complexo, que exige o trabalho de duas pessoas e demora cerca de 1 hora para ser executado.
É importante que ao fazer a troca do fluido o mecânico também verifique a condição das pastilhas e dos discos de freio.
Nível do fluido de freio não se completa! Como não se completa? Não, leva-se o carro na oficina. Para quê? Porque: ou ele baixou devido a um desgaste das pastilhas e lonas, e na hora que você os substituir o nível volta ao normal sozinho, ou então pode haver um pequeno vazamento do fluido.
Nesse caso, oficina também: ou para trocar as pastilhas, ou pra descobrir e reparar esse vazamento do fluido. Claro que, se o nível estiver muito lá embaixo, aí você completa emergencialmente para não ficar sem freio até chegar na oficina.
A qualidade do líquido é medida pela relação entre a taxa de compressão e o ponto de ebulição. Fluidos bons apresentam baixa taxa de compressão (compressibilidade) e alto ponto de ebulição. Mas, vamos entender melhor essas duas características:
Compressibilidade: quando você aciona o freio, espera que o carro pare. Não é mesmo? E se o fluido não é de qualidade (ou está velho) a pressão não é a mesma. Ou seja, você tem a sensação de que precisa pisar muito mais fundo para que ocorra a frenagem.
Ponto de ebulição: o fluido trabalha com altas temperaturas e se o ponto de ebulição fosse muito baixo, ele ferveria dentro do carro. Isso causaria bolhas e atrapalha a frenagem.
Por isso, a qualidade também é medida pelo ponto de ebulição que deve ser alto. Desse modo, ele está apto para trabalhar com eficiência sem que suas propriedades originais se modifiquem.
E a cor influencia? Não. Ela vai variar de acordo com o fabricante. A qualidade é medida pelas duas características mencionadas e não pela coloração.
O superaquecimento do fluido está ligado à forma de condução do veículo. No entanto, o uso de fluido de classificação inferior ao recomendado pelo fabricante (ponto de ebulição mais baixo) pode ocasionar esse problema, assim como contaminação por água do fluido.
Agora você conhece todas as especificações do fluido de freio e sua importância para o sistema de frenagem do veículo, não deixe de checar o nível dele no seu automóvel.
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