Os sistemas de assistência ao motorista, conhecidos como ADAS (Advanced Driver Assistance Systems), desempenham um papel crucial na segurança veicular. No entanto, como qualquer sistema complexo, estão sujeitos a falhas que podem comprometer tanto o desempenho quanto a segurança do veículo.
Neste artigo, abordaremos os principais tipos de falhas no ADAS, dispositivos essenciais para o seu funcionamento, o impacto das falhas na segurança dos drivers e a importância da calibração correta.
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Os sistemas ADAS são projetados para oferecer assistência ao motorista em tempo real, utilizando sensores, câmeras, radares e algoritmos avançados para processar informações do ambiente ao redor do veículo.
No entanto, diversos fatores podem interferir no desempenho desses sistemas, comprometendo sua eficiência e segurança. Abaixo os principais tipos de falhas observadas estão:
Os sensores do ADAS têm a função de captar informações precisas sobre o ambiente ao redor do veículo, incluindo a proximidade de obstáculos, limites de faixa e condições de trânsito.
Entretanto, esses dispositivos podem apresentar falhas por diversos motivos, como:
As câmeras do ADAS desempenham um papel essencial no monitoramento da faixa, leitura de sinais de trânsito e detecção de pedestres. As falhas mais comuns relacionadas às observações incluem:
O software é o “cérebro” do ADAS, responsável por processar e interpretar as informações captadas pelos sensores e câmeras.
No entanto, falhas de software são comuns e podem ocorrer por vários motivos, incluindo:
O desalinhamento de sensores e câmeras após colisões é uma das causas mais comuns de falhas no ADAS. Mesmo em casos de impactos de baixa intensidade, a posição dos componentes do sistema pode ser alterada, resultando em falhas.
Esse desalinhamento é preocupante porque sensores desalinhados podem captar informações incorretas sobre o ambiente, afetando as funções automáticas de frenagem e controle de faixa.
Além disso, câmeras desalinhadas comprometem o ângulo de visão e a capacidade de detecção de objetos, pedestres ou veículos. Da mesma forma, radares fora de posição afetam a precisão na detecção de proximidade de outros veículos, aumentando o risco em frenagens de emergência.
Por essa razão, após uma colisão, é fundamental realizar uma verificação e recalibragem completa do ADAS para garantir que todos os componentes estejam alinhados e funcionando corretamente, assegurando tanto a segurança quanto a eficácia do sistema.
O correto funcionamento do ADAS depende de uma rede integrada de sensores, câmeras, radares e processadores, mas os sensores e câmeras são os dispositivos fundamentais para o seu desempenho eficiente.
Os sensores captam dados sobre o ambiente ao redor do veículo, identificando obstáculos, a faixa de rodagem e mudanças no trânsito, enquanto as câmeras monitoram a presença de veículos, pedestres e sinalizações ao redor.
A combinação precisa dessas informações permite que o ADAS ofereça alertas e assistências confiáveis ao motorista, como frenagem automática e controle de faixa.
Qualquer falha ou desalinhamento em sensores ou câmeras compromete diretamente a eficácia do sistema, podendo gerar leituras incorretas e desativar funcionalidades essenciais para a segurança.
As falhas no ADAS podem ter impactos significativos na segurança dos motoristas, uma vez que comprometem a eficácia dos sistemas de assistência automática e podem levar a uma falsa sensação de segurança.
Entre as principais consequências, estão as falhas nos sensores ou câmeras, que podem fazer com que o ADAS não detecte obstáculos ou veículos próximos, aumentando o risco de colisões.
Além disso, o ADAS pode emitir alarmes falsos devido a leituras imprecisas, o que pode distrair o motorista e induzi-lo a tomar ações desnecessárias ou perigosas.
Por fim, a falha em sistemas como a frenagem de emergência e o assistente de permanência na faixa pode deixar o motorista desassistido em momentos em que a intervenção do sistema seria essencial.
A calibragem ADAS é o processo de ajuste e verificação de precisão dos sensores, câmeras e radares do sistema após intervenções, como substituição de peças ou realinhamento do veículo.
Esse procedimento, por sua vez, é essencial para garantir que cada dispositivo esteja posicionado corretamente e seja capaz de captar informações precisas do ambiente ao redor do veículo.
Além disso, a calibragem é necessária após reparos, trocas de componentes e até mesmo mudanças nos pneus, pois qualquer alteração física pode interferir na posição e no funcionamento dos dispositivos.
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Após qualquer reparo ou substituição de componentes como para-brisas, câmeras ou sensores, é imprescindível seguir alguns procedimentos de calibração específicos para restaurar a precisão do ADAS.
A calibragem dinâmica, por exemplo, exige que o veículo seja conduzido em uma rota específica, geralmente recomendada pelo fabricante, para que os sensores ajustem automaticamente suas leituras.
Já a calibragem estática, realizada em oficinas especializadas, envolve o uso de alvos específicos e equipamentos de precisão que ajudam a posicionar e alinhar sensores e câmeras com exatidão.
Além disso, após a calibração física, também é essencial atualizar ou verificar o software do ADAS para garantir que o sistema esteja compatível com as novas posições dos componentes recalibrados.
Os sistemas ADAS são tecnologias avançadas que trazem mais segurança aos motoristas, no entanto, dependem de uma manutenção cuidadosa e calibragem regular para funcionar corretamente.
Nesse sentido, a calibragem do ADAS após qualquer reparo ou troca de peças é crucial para manter o alinhamento preciso dos sensores e câmeras, prevenindo falhas que poderiam comprometer a segurança do motorista e passageiros.
Assim, ao garantir o funcionamento adequado do ADAS, é possível desfrutar de uma condução mais segura e confiável, com assistência em tempo real e intervenções automáticas nos momentos mais críticos.
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