Uma das primeiras lições ensinadas ao começar a dirigir é a troca de marchas, por ser essencial durante a condução do carro. Mas não é ensinado como esse componente tão importante merece atenção e todo o cuidado.
E por falta dessa instrução, que muitas das vezes os motoristas esquecem de realizar a manutenção de embreagem. Sendo assim, é comum que comecem a aparecer os defeitos, impossibilitando que o conjunto de marchas dure mais tempo.
A boa notícia é que se você ainda não sabe sobre embreagem de carro, não entende como esse sistema funciona ou tem alguma dúvida e quer aprender a fazer sua manutenção corretamente? Então continue a leitura para aprender sobre esses pontos e muitos outros.
Leia também: Problemas na embreagem que você deve ficar atento
Não é atoa que a embreagem é uma das principais peças de um veículo. Isso porque, ela é um componente fundamental para garantir o funcionamento correto do aparato e, de um modo mais prático, fazer com que você se locomova sem quaisquer complicações.
Por meio desse movimento, é possível os acoplamentos suaves entre as trocas de marchas e a filtração das vibrações torcionais provenientes do motor. Além disso, esse conjunto ainda tem a responsabilidade de proteger o propulsor e o sistema de transmissão contra sobrecargas.
A embreagem entra em funcionamento no momento que o disco de embreagem é pressionado pelo platô ao volante do motor. Essa pressão transmite o torque gerado pelo motor à transmissão.
Ao acionar o pedal da embreagem, o movimento é transmitido via cabo até o garfo da embreagem. Ele pressiona a mola membrana, libera o disco de embreagem e interrompe a transmissão.
Dentre os principais componentes envolvidos nessa função, a embreagem é composta por componentes como platô, disco e rolamento, além de cabo ou sistema hidráulico, rolamento e pedal de embreagem.
O platô aparece como o componente fundamental para fazer com que a saída da inércia seja realizada de maneira suave.
Ele é formado pela carcaça da embreagem, placa de pressão e mola membrana, e está conectado ao volante do motor.
Ao acionar o pedal de embreagem, alivia-se o volante sobre o disco, provocando o desacoplamento do motor ao câmbio.
Já ao soltar o pedal, o platô pressiona o disco de embreagem contra o volante do motor e fecha o mecanismo garantindo a suavidade na saída da inércia do veículo.
Já o disco de embreagem é fixado sobre o eixo piloto da transmissão e é responsável por interligar o motor, o câmbio e o platô. Ele é dotado de “estrias” para garantir o atrito entre os componentes.
Por fim, o rolamento pressiona o centro da mola membrana e faz com que haja o afastamento das placas de pressão do disco de embreagem e interrompe o envio da rotação do motor para a caixa de câmbio.
Tudo depende do estilo de condição de cada motorista. Mas normalmente, o sistema de embreagem de um automóvel dura em média 40 mil a 60 mil quilômetros. Entretanto, devemos ressaltar que esse intervalo pode variar.
Neste caso, no momento de realizar a troca, a embreagem irá apresentar alguns sinais, como uma vibração ao tirar o pé da embreagem, pedal da embreagem muito baixo ou muito alto, pedal da embreagem duro e pesado, ruído ao pisar no pedal da embreagem, dificuldade para realizar as trocas de marcha, dificuldade de subir ladeiras e embreagem “patinando” ao tirar o pé do pedal, provocando a perda de força de transmissão.
Confira:
No momento em que você faz a troca de marchas e, mesmo pisando fundo no pedal da embreagem, ouve aquele ruído de ferro com ferro, é sinal de que o conjunto não está aberto o suficiente para parar o câmbio.
O primeiro sinal de que o kit de embreagem precisa de manutenção é dado pelo pedal, que fica pesado, exigindo mais força do motorista para acioná-lo, além de dificultar o engate da marcha.
Além disso, é comum sentir que, ao sair com o carro ele só se movimenta quando o seu pé já está deixando o pedal, lá no topo.
Não importa o quão alta ou baixa seja sua embreagem, essa falta de curso também é sinal de desgaste, pois quer dizer que o disco já está com dificuldades para se unir ao platô
O carro deve começar a se movimentar na hora em que o pedal da embreagem estiver na metade do seu curso. Se o carro anda apenas com o pedal muito “aqui em cima”, quando se está quase tirando o pé, é sinal de que o desgaste é grande.
Quando o veículo se movimenta com o pedal muito próximo do assoalho, o problema é de falta de sangria (ar no sistema hidráulico) ou regulagem do cabo (para veículos com cabo) e, neste caso, não é necessário substituir nenhuma peça.
Um carro com embreagem desgastada tem dificuldade para subir morros e ladeiras. Nesse caso, ao engatar a marcha e subir, por exemplo, em primeira, percebe-se que o veículo não só não agirá como se estivesse com tal marcha engatada, mas também mostrará uma perda de potência apesar do conta-giros indicar altas rotações.
Ao engatar a marcha e sair com o carro, não pode ocorrer nenhum tipo de trepidação. Caso ocorra, é sinal de desgaste da embreagem.
Isso acontece, pois, o disco e o platô não, não se acoplam como devido, e a falta de contato faz com que se “choquem” diversas vezes de maneira irregular pelas bordas. Então, surge a trepidação sentida no volante.
A perda de força na transmissão do torque do motor para o câmbio faz o automóvel patinar. O problema é fruto de uma falta de atrito entre disco e platô, e é mais um sinal de que é necessária a troca de embreagem.
É possível sentir isso dentro do carro em altas velocidades, sobretudo em estradas. A sensação é a de que, ao trocar de marcha, embora a rotação suba, a velocidade não evolui na mesma proporção.
Para evitar problemas maiores e altos gastos, o ideal é que, ao perceber qualquer um dos sinais listados acima, procure um mecânico, que poderá analisar a urgência da troca das peças do seu automóvel.
Quando existe um uso inadequado da embreagem por parte do condutor, com acionamento excessivo da embreagem, por exemplo, isso faz com que exista um maior desgaste das peças automóveis.
Algumas das causas de desgaste prematuro são o uso de marcha alta, a velocidade baixa e reduções bruscas de velocidade.
Outro hábito nefasto é conduzir com o pé sempre em cima do pedal da embreagem. Ao apoiar o pé no pedal, ainda que de forma ligeira, você pressiona as molas existentes na embreagem e o disco não fica conectado de forma correta com o volante do motor. Isso causa aquecimento excessivo do disco e a perda de sua eficácia.
Queimar a embreagem em uma subida mostra perícia na direção que ela se faz isso de modo sutil e breve. Mas há motoristas que seguram o carro “na embreagem” em vez de acionar os freios.
Sendo assim, saiba que queimar embreagem ou segurar o carro em subida com ela são procedimentos prejudiciais para seu funcionamento. Eles provocam um desgaste muito acentuado no disco. Prefira usar o freio de mão nessas situações.
Outro ponto a ficar atento é respeitar sempre os limites de carga impostos pelo fabricante do automóvel. Com a carga certa, você economiza combustível e ainda não exige da embreagem mais do que ela pode suportar.
Por fim, nunca saia em segunda, por mais torque que seu veículo tenha. Isso prejudica o funcionamento da embreagem e obriga o seu automóvel a um maior consumo de combustível.
Também se deve evitar arrancadas e reduções bruscas. Em ambos os casos há um consumo maior da embreagem.
O custo para trocar partes da embreagem pode variar de acordo com o componente e o custo da mão-de-obra.
Normalmente, é vendido um kit com o platô e o disco de embreagem, que pode custar de R$ 250 a R$ 1000 de acordo com o modelo. Já o rolamento varia de R$ 50 a R$ 80, enquanto o cabo da embreagem pode custar de R$ 20 a R$ 50.
Já em casos de mau uso extremo, pode ser necessário fazer a retífica da face do volante do motor ou até trocá-lo, o que representa um custo entre R$ 600 e R$ 1.000.
É difícil dizer o valor exato da manutenção de embreagem, porque os preços variam muito de região e modelo de carro. Além do mais, devemos considerar o tempo gasto e a situação que se encontra o conjunto de embreagem.
Normalmente, com a troca de kit de embreagem (disco e platô), rolamentos e cabo flexível, limpeza e engraxamento, custará entre R$ 200 e R$ 400 reais de mão de obra, mais R$ 300 a mil reais em peças.
Ainda é preciso fazer a retífica no volante do motor para tirar quaisquer irregularidades que possam vir a comprometer a durabilidade do novo disco.
Muitas pessoas quando se deparam com problemas desse tipo, optam por economizar ao máximo nos processos de reparação, seja adquirindo peças de segunda linha ou apenas substituindo em parte os componentes defeituosos.
Mas devemos levar em consideração que nem sempre essa economia de fato valerá a pena, essa atitude pode gerar problemas maiores no futuro, resultando em gastos excessivos com manutenções corretivas.
Portanto, é importante valorizar a qualidade das peças de reposição e a substituição completa dos componentes defeituosos.
Isso influenciará bastante na conservação do conjunto, bem como de outros mecanismos do motor e da caixa de câmbio.
Além disso, é importante ressaltar o perigo que um problema na embreagem representa no trânsito, em particular nas velocidades mais altas. Não tem jeito: o ideal é não economizar.
Opte sempre por peças de marcas consolidadas no mercado e faça as inspeções necessárias e planeje a manutenção completa do sistema, executando todos os serviços necessários. Desta forma, você garante a qualidade e resistência do conjunto.
O mais indicado é substituir um conjunto de peças formado por disco, platô e rolamento, o chamado kit de embreagem. As montadoras costumam recomendar a troca das três peças ao mesmo tempo, mesmo que uma só esteja com problema aparente.
É a peça principal de todo o sistema de embreagem. É o disco que faz a ligação entre a caixa de câmbio e o motor, o que permite a troca de marchas. E quando o disco está gasto, o motorista pode sentir trepidações no pedal da embreagem ou dificuldade para arrancar com o carro.
Platô da embreagem é parte do sistema e é fundamental para a suavidade da saída da inércia do automóvel. O mecanismo tem por essência soltar o motor do câmbio que é ligado direto às rodas do carro.
É a embreagem que permite o funcionamento do motor com o carro sem qualquer movimento, ou ainda permite a troca de marchas.
A função do Platô é promover a união do disco de embreagem com o volante do motor. Quando pisamos no pedal do sistema, aliviamos a peça sobre o disco, promovendo o desligamento entre câmbio e motor.
Por sua vez, ao soltarmos o pedal, o platô pressiona o disco de embreagem contra o volante do motor, estando o mecanismo fechado e atuante. Lembrando que essa descrição vale para os carros com câmbio manual.
O rolamento é o responsável por empurrar o platô. E se ele estiver com problemas irá fazer um barulho, mas que só aparece quando o motorista pisar na embreagem.
Conhecendo cada peça do kit de embreagem e suas respectivas funções, fica mais fácil de compreender como elas trabalham.
No momento em que o pedal da embreagem é acionado, a pressão exercida sob a placa de pressão diminui, reduzindo o aperto do disco de embreagem no volante.
À medida que a pressão cai, o disco de embreagem começa a desengatar bem devagar, reduzindo a quantidade de potência transmitida para zero.
E por fim, quando você solta o pedal da embreagem, o prato de pressão volta a pressionar o disco de embreagem de volta para o volante, restaurando a conexão e retornando a transmitir a força do motor de volta às rodas. Esse processo representa as trocas de marcha realizadas pela embreagem
Para realizar o concerto de embreagem é recomendado utilizar as seguintes ferramentas abaixo:
A melhor forma de identificar a opção correta é você saber qual a potência de seu carro, dessa forma é possível escolher uma embreagem condizente.
É recomendado sempre o uso de embreagem multidisco de marcas conhecidas sempre respeitando o limite de potência estabelecido pelo fabricante.
O sistema de embreagem é um dos mais importantes para o bom funcionamento de um carro. Porém, algumas práticas e vícios do motorista ou até mesmo o tempo podem desgastar as peças, por isso existem diversas formas de preservar a embreagem do carro, evitando assim, sua manutenção precoce ou até mesmo a troca.
Confira as dicas:
Caso o condutor não realize a manutenção adequada, os riscos de ter um problema e ficar parado no meio da estrada são mais altos. Além de ter que pagar pelo serviço de troca da embreagem, também terá que arcar com os custos do guincho.
Para realizar a troca de embreagem, é estipulado o dia inteiro de serviço com o valor aproximado de R$800,00 reais, podendo variar.
Quando acontece da embreagem “patinar”, o que de fato está acontecendo é que a embreagem não consegue se manter fixada ao volante do motor. Isso indica que a embreagem está muito gasta.
Isso ocorre por conta do atrito não estar sendo o suficiente e quando se aplica o torque o volante gira em falso, elevando a rotação bruscamente.
A trepidação no pedal da embreagem ocorre pelo desgaste do volante ao utilizar uma embreagem já no final da sua vida útil, gerando um espelhamento na face do volante, não sendo possível da embreagem atritar corretamente.
Para resolver esse problema é necessário retirar o volante do motor do carro e levá-lo a uma retífica para retirar um pouco do material.
A embreagem fica dura pelo desgaste do platô ou em alguns carros pelo desgaste do cabo de embreagem. Por este motivo, é recomendado fazer a troca da embreagem e do cabo de embreagem.
Para alguns veículos é recomendado utilizar a marca que acompanhou o veículo ao sair da fábrica para seguir a mesma linha.
Comparar marcas é sempre uma tarefa difícil, ainda mais quando se trata de marcas muito boas e competitivas entre si.
Nesse caso vale a observação: a embreagem Luk possui na maioria dos casos um custo inferior às embreagens da Sachs, sendo assim a mais vendida.
Porém, para alguns carros a Sachsé a mais recomendada por especialistas, ocupando trono de vendas no quesito de quem busca por qualidade.
Para ter certeza de que a embreagem está ruim, faça um teste. Ande um pouco com o carro para frente, pare e conte até 3. Em seguida, engate a ré. Se não arranhar, a embreagem está boa.
Veículos mais antigos e alguns poucos mais novos possuem regulagem no cabo da embreagem. Na maioria dos carros, o acionamento é hidráulico e não possui regulagem.
Assim como o próprio motor, a embreagem é um dos sistemas mais importantes do conjunto mecânico de um automóvel ou de qualquer outro.
Se utilizada incorretamente, pode durar apenas 10 mil km – ou seja, 100 mil km a menos, se comparado aos esperados 120 mil quilômetros quando usada corretamente.
Desse modo, ao promover cuidados ao dirigir, ficar atento aos sinais e realizar a manutenção preventiva, é pouco provável que você tenha problemas com o sistema de embreagem.
Agora que você aprendeu e descobriu um pouco mais sobre manutenção de embreagem, não tem desculpas para não ter cuidado.
Para saber mais sobre o universo automotivo fique atento a todas as matérias do blog.
Leia também: Como funciona o motor de partida ou arranque e os defeitos comuns
6 Comments
Tenho que trocar o garfo da embreagem de meu hb20 2013… tem como eu saber a média de preço da peça e serviço de vocês?
Olá Josué, tudo bom? Esse serviço não oferecemos. Dentre os serviços que oferecemos estão: troca de para-brisa, vidros, retrovisores, faróis, palhetas, higienização de ar-condicionado, troca de filtro de ar, reparo/pintura automotiva e calibragem do sistema ADAS.
Conteúdo excelente! Parabéns!
Muito bom, gostei muito informativo, eu não sabia sobre embreagem, e agora vou tomar mais cuidado
Rapaz gostei muito dessa aula.
Nos detalhes.
Inclusive tenho um corsa com 180 mil km e não troquei nenhuma vez o kit de embreagem.
Mas ja apresenta alguns sintomas descritos aqui.
Parabéns para o responsável!!!
Olá Ivan, que bom que fomos úteis. Continue acessando nosso blog semanalmente, para ler mais conteúdos como este.