Ao longo do tempo o mercado automobilístico tem oferecido mais opções de carros, com diferentes estilos, tamanhos, cores, qualidade e performances. Mas os carros movidos a combustão ainda lideram as vendas de mercado. Porém, a presença dos carros elétricos vem crescendo e estão cada vez mais comuns no dia a dia dos brasileiros e a tendência é só aumentar.
Mesmo com esse crescimento, os carros elétricos ainda são motivos de dúvidas para os consumidores. Se você está considerando fazer parte desta transição, é preciso entender o funcionamento de cada tipo de carro, quais são as principais diferenças entre eles e onde você terá maior economia.
Leia também: O que são Carros Híbridos?
O funcionamento dos carros elétricos é mais simples do que muitos imaginam, eles funcionam por meio de uma corrente elétrica, diferente dos veículos com motor à combustão. Os carros elétricos dependem de 4 componentes básicos:
A bateria é o coração dos carros elétricos, ela é recarregável e armazena a energia elétrica que fará o carro se movimentar. Já o inversor, converte a corrente elétrica contínua em corrente alternada, que é levada até o motor de indução.
Por sua vez, quando o motor de indução recebe a energia enviada pelo inversor, ele é acionado pela eletricidade que aciona os mecanismos responsáveis por fazer o carro se mover.
O sistema de recuperação de energia é formado por dispositivos que recolhem a energia cinética, que é gerada pela desaceleração do veículo, dessa forma, ela consegue ser reutilizada.
Existem alguns tipos de carros elétricos, podendo acomodar as diferentes necessidades do motorista. Eles são divididos por siglas e a principal é a EV, que significa Electric Vehicle. Mas existem 3 tipos básicos de carros elétricos: os totalmente elétricos, híbridos e híbridos plugin. Porque todo carro elétrico funciona por meio de eletricidade, mas alguns podem incluir também o uso de combustíveis.
É o carro totalmente elétrico ou também conhecido como veículo elétrico a bateria, ou seja, não precisa de nenhum combustível fóssil. Usam a eletricidade armazenada na bateria para alimentar o motor e impulsionar as rodas. E o recarregamento da bateria é feito por uma tomada ou um plugue alimentado pela rede elétrica.
Como o veículo não utiliza gasolina, álcool ou diesel, sendo movido por eletricidade, é considerado um veículo 100% elétrico. Devido a isso os BEV não possuem escapamento, sendo assim não emitem nenhum gás poluente ou de efeito estufa.
Em contrapartida, a eletricidade que eles utilizam pode vir de fontes que produzem gases e outras poluições. Mas mesmo não utilizando uma fonte de energia limpa, os carros elétricos 100% movidos a eletricidade são mais sustentáveis do que os carros à combustão, e quando alimentados por fonte de energia renovável, eles são livres de poluentes.
Os carros eletrônicos híbridos utilizam gasolina, álcool ou diesel como a principal maneira de alimentar o motor a combustão interna. Os híbridos também possuem um motor elétrico e uma bateria. Ao contrário do carro elétrico, contam com dois motores: um a combustão e outro elétrico.
Em outras palavras, é como se o motor elétrico fosse equipamento secundário ao principal, o motor a combustão. O tipo híbrido não possui cabo de recarga e necessita de combustível fóssil para circular.
Os carros híbridos apresentam melhor eficiência do uso do combustível do que um carro não híbrido. Além de poluírem menos e economizam o reabastecimento do combustível, já que o motor elétrico e o motor de combustão se complementam em alguns momentos.
O veículo PLUG IN também possui dois motores, a combustão e elétrico. A sua diferença é que ele pode ser carregado de duas formas, via frenagem e a outra maneira é através de cabo, sendo alimentado por uma rede elétrica. Dirigir um PHEV gera uma economia de muitos reais por ano em gasolina e diesel, além de emitir menos poluentes que os carros de motor a combustão.
Os carros elétricos à célula de combustível utilizam o gás hidrogênio como principal fonte de energia. Diferente dos carros convencionais que utilizam gasolina, álcool ou diesel, os de célula a combustível geram eletricidade para alimentar o motor usando oxigênio do ar e hidrogênio comprimido.
A maioria dos veículos a célula de combustível é classificada como veículos com emissões zero que emitem apenas água e calor.
Em comparação com os veículos de combustão interna, os veículos movidos a hidrogênio centralizam os poluentes no local da produção de hidrogênio em que o hidrogênio é derivado do gás natural reformado. Transportar e armazenar hidrogênio também pode criar poluentes.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre os carros elétricos e leu sobre as informações básicas, chegou a hora de falar as vantagens:
Claro que nem tudo é mil maravilhas e muito menos perfeito. Os carros elétricos possuem muitos benefícios, mas também possuem pontos negativos que devem ser levados em consideração ao escolher um carro elétrico.
Os carros elétricos são cheios de tecnologias recentes, que demandam complexos processos de desenvolvimento. Bateria, células de energia, inversor e dólar. São os itens mais caros de um carro elétrico.
Existem alguns pontos importantes que explicam os valores exorbitantes cobrados pelos carros elétricos no Brasil. As baterias, em especial, ainda possuem um custo muito elevado. Mas o maior empecilho hoje se chama carga tributária.
Mas com o avanço dos recursos e o aumento da demanda e produção nos últimos anos, não vai demorar para que o preço dos carros elétricos se aproxime dos carros a combustão.
De uma maneira geral, sim. Em um motor a combustão a produção de energia nunca é uniforme. Componentes que são ligados ao pistão causam problemas e para resolver esse problemas são necessários diversos acessórios, isso faz com que o motor fique mais pesado.
Este e outros problemas não aparecem em um motor elétrico, já que ele trabalha com a ajuda de um campo magnético, que possibilita controlar a velocidade do motor. Esse controle gera uma produção uniforme.
Os motores elétricos são mais eficientes, mais leves e com menor quantidade de manutenção.
Apesar do seu alto custo, os carros elétricos possuem esse outro motivo ao seu favor, são mais baratos de manter ao longo de sua vida útil, o seu custo de manutenção, obviamente em comparação com os carros tradicionais a combustão é mais barato.
Simplesmente pelo fato de possuírem menos peças e não precisarem de componentes que são necessários aos veículos de combustão, como óleo, correia dentada ou filtro de combustível.
Mesmo que os pneus dos carros elétricos desgastam mais, mesmo assim as manutenções podem custar 30% menos comparado a um carro a combustão.
Os carros elétricos tem suas vantagens, mas a rapidez não é uma delas, muito menos achar pontos de carga no Brasil. Mas existem aplicativos que indicam os pontos públicos que são em supermercados, postos de combustível e shoppings centers. Além desses, temos locais privados como estacionamentos e empresas.
E existe a possibilidade de carregar em sua própria residência, basta uma tomadas de 110V e 220V, com o uso de aparelhos conhecidos como Wallbox, que são uma espécie de carregador disponibilizado pelas próprias marcas, que possui uma carga mais rápida, normalmente 80% da recarga em média entre 6 e 8 horas.
É válido ressaltar que o carregador que se encontra num shopping center é diferente do carregador que o dono de um carro elétrico terá em sua casa ou à sua disposição no seu condomínio.
Os tipos de carregadores mais comuns e populares se dividem em 4 tipos. O primeiro, são os carregadores básicos, mas também conhecidos como residenciais ou home chargers. Que são os carregadores para as residências, por terem um tempo de recarga que pode variar entre 8 e 24 horas. Seu objetivo é que seja carregado no horário de noite enquanto o motorista dorme.
Esse procedimento lembra muito aos celulares, que são carregados no período da noite para que tenha uma maior duração durante o dia.
Mas essa demora não significa que os carregadores básicos sejam inferiores aos mais rápidos. Apenas uma potência menor, até porque o tempo de recarga desse carregador foi pensado para a situação acima.
Em seguida temos os carregadores públicos ou urbanos, como preferir chamar. Que são conhecidos como sem-rápidos, são considerados uma potência média e realizam a carga em um período menor, entre 2 e meia a 5 horas.
A ideia deste carregador é de aproveitar o tempo que se gasta em um shopping, supermercado ou local de trabalho.
Também existe a opção de carregadores rápidos, ou seja, alta potência. Esses carregadores são capazes de realizar uma recarga em um intervalo de 30 minutos até 1 hora e meia.
Eles são encontrados nas rodovias e postos de gasolina, esses são os locais onde os motoristas passam com menor espaço de tempo, com objetivo de fazer uma rápida parada.
Esse carregador por fazer uma recarga bem mais rápida ele possui uma potência muito maior do que os outros.
Por último, mas não menos potente, temos a opção dos carregadores ultra rápidos ou fast chargers. Com esse equipamento o tempo de carregamento é muito menor, um alcance de 200 km é de apenas 8 minutos.
A primeira rede de recarga ultrarrápida de veículos elétricos da América Latina foi construída em 2020 no Brasil. Com esse carregamento é possível ter o mesmo tempo de abastecimento de um carro a combustão que é de 5 minutos.
Como dito antes, existem diferentes tipos de carregadores e também existem dois principais tipos de corrente para carregar um carro elétrico: a corrente contínua (CC) e a corrente alternada (CA). Os carregadores em corrente contínua são mais rápidos que os carregadores em corrente alternada.
O tipo de rede influencia no tempo de carga Para descobrir qual é a rede elétrica da residência ou estabelecimento comercial, basta verificar com o eletricista de sua confiança.
Mas uma forma de calcular esse tempo de uma forma prática e sem levar todos os fatores em consideração é utilizando apenas a potência do carregador e o tamanho da bateria.
Um exemplo disso é um carro elétrico com bateria de 24 kWh, com uma potência de carregamento de 3,7 kW, levará em torno de 7 horas para ter a bateria totalmente carregada.
Conhecer a autonomia e o desempenho de um carro é importante para que você não fique na mão e possa se planejar. Modelos diferentes de carros possuem diferentes autonomias. Se um carro possui autonomia menor que a sua distância média percorrida normalmente, aquele veículo pode não ter sido uma boa escolha para seu estilo de vida.
Mas essa questão já é algo de conhecimentos dos fabricantes, dessa forma já estão focando no tamanho das baterias e em sua autonomia com uma recarga.
Com isso a autonomia está aumentando rapidamente, graças ao avanço da tecnologia, e com a capacidade de armazenar energia de alguns carros elétricos, já é possível um veículo elétrico percorrer a mesma distância que os carros de motor a combustão realizam com o tanque de combustível cheio.
Além disso, existem alguns fatores que podem influenciar no desempenho do carro elétrico, entre eles peso extra, aceleração e frenagem bruscas e subidas íngremes.
Os carros elétricos podem ser uma mão na roda no quesito economia, como dito antes, no que diz respeito a manutenção os carros eletrônicos possuem a manutenção mais simples e baratas. Por terem menos peças do que o carro a combustão.
Em relação ao consumo, os carros elétricos também estão em vantagem. Um dos pontos dessa vantagem é que o motor elétrico é cerca de 3 vezes mais eficiente que o motor movido a gasolina.
Existem uma média para carregar toda carga das baterias, que é um custo aproximado de R $50, obviamente esse valor varia de região para região. Se formos considerar que a autonomia dessa bateria é de 40 kW e 240 km, um carro movido a combustão para se igualar a esse custo precisa render mais de 30 km/l.
Nos últimos anos o número de opções de carros elétricos no mercado brasileiro aumentou consideravelmente. Apesar de ainda ter um custo mais alto, tem ficado mais acessível.
Em 2019, foram lançados 4 modelos abaixo de R$200 mil: Nissan Leaf, Renault Zoe, Chevrolet Bolt e Jac iEV40.
Além desse modelos mais acessíveis, existe o segmento de luxo que pode encontrar BMW entre R$ 206 mil e R$ 650 mil e a Volvo com sua série XC que vai de R$ 265.000,00 a R$ 399.000,00. Mas o valor pode ir além, existe o Jaguar I-Pace, que custa em torno de R$ 450 mil e o Audi e-tron de R$609 mil.
Não, essa possibilidade não existe, eles foram desenvolvidos para não oferecer risco aos seus usuários, assim como um carro a combustão atual é criado para não causar incêndio.
Sim, a parte externa do carro elétrico pode ter contato com a água igualmente como um carro a combustão. A cabine, o motor, as baterias e os sistemas elétricos são totalmente selados.
Sim, como visto antes os carros elétricos são vendidos com carregadores próprios, que podem ser instalados na rede doméstica.
Se for optar por tomadas convencionais, precisam ser de 220 volts e aterradas.
É uma pergunta interessante, o que é feito quando um carro a combustão acaba a gasolina? Empurramos até um lugar seguro e sinalizarmos com triângulo de segurança. Com o carro eletrônico não é diferente, mas tem um detalhe importante a se fazer, é necessário destravar a transmissão (deixando-a em N ou Neutro) para liberar o movimento das rodas.
Quando a bateria de 12 volts que fornece energia aos equipamentos é alimentada pela bateria principal, o consumo se torna mínimo. Os carros elétricos mais modernos, têm vindo com a autonomia de um veículo convencional a combustão.
Não, as baterias dos carros elétricos são feitas para durarem e terem um desgaste pequeno. As baterias perdem, em média, 2,3% de sua capacidade por ano. Pois, elas compõem diversos módulos, que se compensam quando um deles apresenta algum defeito ou ineficiência.
Não, a bateria a 12 volts dos carros movidos a combustão não são capazes de fornecer a energia necessária e suficiente para abastecer um veículo elétrico. Somente os métodos de carregamento citados acima serão capazes de resolver o problema..
Em trajetos maiores ou realizando uma viagem, o local mais viável será os postos de gasolinas que possuem estações de carga rápida. No Brasil, podemos encontrar mais de 100 postos de recarga. Sendo possível identificar através de aplicativos que mostram a estação mais próxima do motorista.
Dentro das grandes cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, já existem um número maior de opções para recarga. No entanto, nem todos os postos de recarga ficam disponíveis para o público ou acessíveis por 24 horas.
O motorista pode optar por carregar em sua residência, shopping, supermercados, postos de gasolina e até mesmo em estacionamentos privados. Em relação a duração, cada recarga dá aos veículos uma autonomia variável, em KWh, então isso varia de modelo para modelo. Mas uma recarga dura entre 200 Km a 350 Km.
Bom, agora que você leu e conheceu mais sobre os carros eletrônicos e todos os pontos importantes, os benefícios e até mesmo as desvantagens que eles apresentam. Você já pode optar por ter ou não uma experiência diferente e inovadora, que inclusive tem ganhado o mercado automotivo.
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Leia também: Sistema ADAS: o que é, como funciona e recalibragem
1 Comment
Oiii tudo bem? Espero que sim 🙂
Adoreii seu artigo continue assim!
Sucesso.